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quinta-feira, 25 de abril de 2013

XI ENCONTRO INTERNACIONAL DAS ENS - BRASÍLIA/DF - INTERVENÇÃO DOS INTERCESSORES PARA O ENCONTRO DE BRASÍLIA (VULLIERMJOZ)

Brasília, 24/07/2012 - 10:30 h.


Bom dia a todos,

Equipistas do Brasil que nos acolhem, equipistas da América Latina e do mundo inteiro,

Queridos Amigos,

Em nome da equipa de animação dos intercessores, que tem a sua base na região de Paris, quero agradecer aos organizadores deste grande encontro das Equipas de Nossa Senhora em Brasília o facto de me permitirem falar-vos dos Intercessores e da Intercessão.

O nosso fundador, o Pe. Henri Caffarel, pensava com razão que um Movimento de espiritualidade conjugal não podia viver sem orantes.

«A oração dos intercessores não é senão a oração do próprio Cristo, se não, não seria nada, não existiria. Oração de Cristo, suscitada neles pelo Espírito de Cristo» — Pe. Henri Caffarel.

Logo em 1956, e depois em Março de 1960 através do seu apelo a Voluntários, ele teve essa magnífica e profunda intuição de chamar veladores que rezassem de noite pelo Movimento, pelos casais e pelo sacramento do matrimónio, em ligação com todos os orantes do mundo (monges, freiras e outros…). Estes veladores eram casais equipistas que se tornaram Intercessores a seguir a uma visita ao Brasil e à Colômbia, em 1977, de Louis e Marie d’Amonville, então responsáveis das Equipas, de França e Internacional.

Os intercessores, que têm por vocação e por ministério rezar pelos casais cristãos, estenderam-se ao longo dos anos a outros orantes que não são equipistas, casais ou pessoas individuais.

Actualmente, somos cerca de 4 000 no mundo, principalmente na América Latina e na Europa, mas também no Médio Oriente, em África e na Ásia.

A nossa equipa de animação está em ligação com todos os casais de ligação dos intercessores do mundo, representando cada um o seu país e, por vezes, vários países do seu continente.

É importante que os intercessores se multipliquem e se rejuvenesçam. A ideia pré-concebida, a imagem de intercessores idosos, tem de evoluir. Há 50 anos, os intercessores começaram muito jovens. Temos necessidade de que os jovens se juntem a nós. Cristo intercedeu continuamente junto do Pai. Seria conveniente que, no fim-de-semana de equipas novas (depois de um ou dois anos no Movimento), os responsáveis de sector ou de região incluíssem no programa um tempo reservado à intercessão e à sua divulgação.

A intercessão é um impulso natural do cristão e deve tornar-se uma respiração regular e necessária à vida de oração. O nosso primeiro gesto de cristãos é certamente a adoração (o 1º dos mandamentos), é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do seu criador. A seguir, vem a intercessão para chegar ao louvor.

A oração de intercessão é uma oração de súplica que nos conforma de perto à oração de Jesus, Ele que é o Único Intercessor junto do Pai em favor dos homens (Heb 7,25).

Interceder, pedir em favor de outro, é, desde Abraão, próprio de um coração em harmonia com a misericórdia de Deus.

No Tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo: é a expressão da comunhão dos Santos.

Na intercessão, quem reza «não tem em mira os próprios interesses, mas todos e cada um exactamente os interesses dos outros» (Fl 2,4), até rezar por quem lhe faz mal (Sto. Estêvão). A intercessão não conhece fronteiras.

(Adorar, interceder para chegar ao louvor, dizia o Pe. Jacques Loew, sendo o louvor a forma de oração que reconhece mais imediatamente que DEUS é Deus. Canta para ELE pelo que Ele é.)

Pela intercessão, participamos no projecto que Deus tem para o mundo. «Manter-se na brecha…» (Ez 22,30) participando pela oração, pelo jejum e pela oferenda, intercedendo por todas as grandes intenções da Igreja e muito especialmente pelos casais do mundo e pela santidade dos casais cristãos.

A grande Família dos intercessores, profundamente ligada às ENS, oferece a cada um a possibilidade de responder a essa aspiração segundo várias formas: ou uma hora de oração mensal em data e hora fixas e se possível de noite (os orantes), ou um dia de jejum mensal, também em data fixa (os jejuadores), ou a oferta na vida quotidiana das suas provações ou das suas alegrias (os oferentes).

A ligação é assegurada pela Carta dos intercessores, cujo 30º aniversário festejámos em 2008. Traduzida em várias línguas, a carta dirige-se todos os trimestres a cada intercessor e é enviada aos casais de ligação internacionais que asseguram a sua difusão em mais de 30 países.

Esta Carta contém textos espirituais orientados por um tema, para servirem de suporte à nossa oração.

É acompanhada de intenções de oração que nos chegam por mail, por telefone e por correio, muitas vezes através das ENS ou dos próprios intercessores. Actualmente, as intenções são imediatamente enviadas por correio electrónico aos intercessores internautas e podem ser também enviadas aos Casais de Ligação Internacionais. Assim que são recebidas, são depostas aos pés do sacrário do oratório das ENS antes de serem enviadas na carta trimestral.

Actualmente, todos os anos se organizam retiros de 2 dias em Massabielle, a casa das Equipas em França.

Nestes últimos meses, tem-se feito um grande trabalho relativamente ao nosso sítio na Internet e à elaboração de novas formas de comunicação: cartazes, panfletos, logótipos… (www.intercesseurs.org).

Para criar uma unidade entre todos os intercessores do mundo, o Pe. Paul-Dominique Marcovits redigiu a Oração dos Intercessores (em Maio de 2011), que foi traduzida para todas as línguas dos intercessores no mundo. Esta oração é um laço muito forte entre todos nós, na comunhão de toda a Igreja, que partilhamos e que nos une no nosso amor pelo Senhor e pelos homens.

No seguimento de Abraão e de Moisés, unidos a Cristo e com a intercessão da Virgem Maria e de todos os Santos, alarguemos esta grande corrente internacional de oração contínua, de dia e de noite, aderindo a esta grande Família de intercessores.

Renovamos este «Apelo urgente a voluntários: “ambiciono que todas as noites, sem interrupção, casais se sucedam uns aos outros na oração…”».

«Que eles rezem pelo alimento espiritual das nossas equipas, pelos casais e pelo sacramento do matrimónio, pelas grandes desígnios do Senhor a respeito da sua Igreja e de toda a humanidade. Que eles intercedam pelas intenções de todos nós».

«Que, durante essa hora, esses voluntários rezem pelo Movimento, mas também por cada casal… que rezem também, em união com todos os grandes orantes da noite…» – Henri Caffarel.

Para concluir, dou-vos um testemunho citado numa carta por Marie d’Amonville:

«São 3 horas da manhã, toca um despertador, uma luz acende-se na noite!

Por que é que Jean e Béatrice acordam? A que encontro urgente podem eles ser chamados, assim a meio da noite? Quem os espera? Com quem vão ter? E porquê?

Levantam-se para garantir a continuidade, o turno de vigia a que se comprometeram. Vão em silêncio, sem que ninguém suspeite, velar durante uma hora; durante uma hora, vão rezar; eles têm todos os meses este encontro marcado com o Senhor.

Porquê? Porque escutaram esta palavra: “Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo!…” e porque, desde então, sabem-se esperados pelo Senhor.

Mas por quem vão eles rezar?

Em primeiro lugar, por nós. Para que cada um dos nossos casais saiba que, em caso de necessidade, para eles e para os seus filhos, para os que lhe são próximos, pode contar com a oração contínua dos seus irmãos, e também para que o Movimento corresponda à sua vocação em todo o mundo.

Mas esta oração, como um barulho no grande silêncio da noite, vai chegar muito longe… Se rezam por nós, que queremos ser testemunhas do Amor, que queremos que o nosso amor seja o reflexo de um outro Amor, rezam também por todos aqueles que não compreenderam o pensamento de Deus a respeito do amor humano, por todos aqueles que vivem um amor triste, pela multidão dos “pobres” espalhados pelo universo que, sem o saberem, precisam dessa oração».

E, desde 1960, esta corrente de oração nocturna é assegurada sem interrupção.

«Interceder é verdadeiramente deixar que Deus realize em nós, connosco, o seu desígnio de salvar todos os homens», Pe. Henri Caffarel.

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