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domingo, 18 de agosto de 2013

DEVER DE SENTAR-SE ( DINÂMICA DA EQUIPE 12 - AGOSTO DE 2013)

Vamos refletir um pouco sobre o que é e como se pode fazer o Dever de Sentar-se, que poderia chamar-se Prazer de Sentar-se , de acordo com o espírito, a mística e o carisma do Movimento.

Já em 1945, assim se expressava Pe. Caffarel: “Cristo, no cap. 14 de São Lucas, convida seus ouvintes à prática do Dever de Sentar-se. Um dever ignorado, neste século das pressas vertiginosas, que se torna oportuno preconizar. Antes de empreender a construção do seu lar, vocês confrontaram seus pontos de vista, pesaram recursos materiais e espirituais, elaboraram um plano. Mas, depois que lhe deram início, não teriam vocês esquecido de sentar para examinar a tarefa realizada, reencontrar o ideal previsto, consultando o Mestre da obra, Nosso Senhor Jesus Cristo?

Pe. Caffarel finaliza dizendo que, para evitar a rotina do lar, existe um meio poderoso: o Dever de Sentar-se. Recomenda ao casal reservar em sua agenda, com antecedência, um encontro exclusivo do casal. E que considerem como sagradas essas horas, pois estará presente o Senhor Jesus Cristo.

Que é, então, o Dever de Sentar-se?

É um momento especial que o casal desfruta para:

Celebrar o amor, renovando a graça do Sacramento do Matrimônio, o entusiasmo do amor inicial, soprando as cinzas acumuladas, reavivando as brasas do amor, consolidando a união;
Escutar a voz do Senhor, pela oração, leitura e meditação da Palavra de Deus, pela escuta e acolhida ao cônjuge;
Refletir sobre a caminhada do casal, dos filhos, da família;
Examinar, junto com o “Mestre da obra”, as reformas de que a construção de nosso casamento necessita, para ela permanecer firme sobre a rocha, mesmo durante as tempestades;
Louvar e agradecer pela caminhada já realizada, pelo progresso feito, pelas dificuldades ven­cidas, pelos dons que temos e colocamos juntos à disposição do Senhor;
Traçar metas e objetivos para o futuro, para as próximas etapas da caminhada a dois, metas e objetivos que serão revisados;
Desfrutar o momento de comunhão, quando houver tempo, em silêncio, lembrados das palavras de Maeterlinck: “Ainda não nos conhecemos o suficiente, pois não tivemos ainda a coragem de nos calar juntos”.

Para refletir sobre a nossa caminhada com proveito, precisamos:

Conhecer-nos mutuamente, o que nunca terminaremos de fazer nesta vida. A pessoa humana sempre será um mistério e um mistério em transformação.
Saber escutar o outro, ouvindo-o com atenção, com amor, procurando compreender suas necessidades, angústias, alegrias, an­seios. É bom cada um se perguntar: até que ponto estou sendo apoio para meu cônjuge, com­panheiro(a) de caminhada? Em que posso ser melhor?
Respeitar o outro, procurando entender o seu jeito de ser e de ver as coisas. Em primeiro lugar vamos valorizar as qualidades do cônjuge, sua doação, sua dedicação. Sempre haverá alguma coisa a corrigir, e o faremos com simplicidade, com amor, aceitando, primeiro, “tirar a trave que temos no nosso olho”.
Lembrar sempre da presença de Jesus em nosso meio e de suas palavras: “Amai-vos como Eu vos amei” e “Tudo o que quereis que os outros vos façam, fazei-o vós a eles.”

O Dever de Sentar-se não será nunca:

Um duelo entre dois oponentes, do qual só um, ou nenhum, sairá vencedor…
Um escritório de cobrança, onde se é chamado a prestar contas…
Uma oportunidade para que o mais esperto, inteligente, espiri­tua­li­zado... saia sempre ganhando, anulando o outro…
Um tribunal, onde há juiz e acusado. Mesmo Jesus, que está entre nós, não está como juiz.

Como podemos fazer o Dever de Sentar-se?

Não há regras nem roteiros. Cada casal pode fazer do seu jeito. Estas são apenas sugestões:

Podemos começar com uma oração espontânea, pedindo ao Pai o dom do Espírito Santo, e a Jesus que esteja presente, como prometeu, e nos ilumine. Pediremos ao Espírito Santo que abra nossos ouvidos, nosso coração, nossa mente e nos faça crescer em caridade conjugal.
Podemos fazer, em seguida, a escuta da Palavra, que iluminará nossa vida e nosso Dever de Sentar-se, e uma breve meditação: Como estamos vivendo esta Palavra?
Passamos, depois, a refletir sobre nossa caminhada de cristãos, casal, família, equipe, Igreja.
Revisamos as metas e objetivos do Dever de Sentar-se anterior e os renovamos e reforçamos, ou estabelecemos novos. É interessante escrevê-los, para rever no próximo encontro.
Podemos renovar nossas promessas mútuas de amor, fidelidade, doação. Jesus é testemunha e abençoa, com certeza.
Encerramos com nosso louvor e agradecimento, que pode ser o Magnificat.

Deste modo, o Dever de Sentar-se poderá ser realmente um momento de graça, meio de crescimento do casal e de santificação a dois. Poderá ser prazer de sentar-se. Como é pelos frutos que se conhece a árvore, é pelos resultados que sentiremos quanto este PCE é importante, um dom do Espírito Santo ao Movimento.

Lurdes e Clemir
Eq. N. S. da Saúde – Setor C – Porto Alegre/RS

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