A REGRA DE VIDA (DINÂMICADA EQUIPE 12 - AGOSTO DE 2013)
A regra da vida
Será que vou passar a vida de
casado procurando meus defeitos? Seria justo exigir de mim a preocupação
constante de escarafunchar até encontrar alguma conduta, atitude ou modo de
agir que venha a ferir, incomodar ou magoar meu cônjuge?
Por exemplo, aquele marido que
nunca percebera ser ele o único entre seus contra parentes a não saudar a sogra
com um beijo no rosto, como faziam todos os concunhados. Era motivo de falação
na família e sua esposa sofria com isso. Para ele nada custou: Ao saber do
costume, aderiu ao procedimento. Tranqüilizou a sua esposa e alegrou toda a
família. Com certeza, gentil regra de vida.
Se não formos atentos, se não
cuidarmos de nossas regras de vida, daremos a impressão de que desprezamos até
nossas sogras.
Para muitos, parece que a vida se
vai desenrolando sob o olhar de uma consciência vigilante e alerta, para
atender quase somente os defeitos a superar e corrigir, e nisso a regra de vida
vem muito a propósito.
Mas a regra de vida pode ser
colocada em outra perspectiva:
Há um tempo atrás, eu diria: vou
comprar uma dessas máquinas de escrever que já vêm com o dispositivo de
correção de erros. Assim, eu escrevo, erro e já vou corrigindo: meu texto
sairia exemplar. Que sucesso!
Se eu colocasse a regra de vida
como um dispositivo corretor de minhas condutas, seria um datilógrafo
consciente de que erraria muitas vezes, mas teria os recursos de correção e, no
final, a página sairia perfeita.
Implicado com essa minha visão da
regra de vida, resolvi fazer a inversão. Minha regra de vida, no momento,
consiste em elogiar minha esposa, pelo menos três vezes ao dia.
A primeira vantagem é que não
estou buscando corrigir nenhum defeito meu, mas acrescentar-me uma virtude, ao
buscar fixar o hábito de elogiar quem convive mais perto comigo. O ponto mais
positivo dessa prática é que eu viverei com a atenção constantemente voltada
para ela, olhando os aspetos mais valiosos de sua pessoa, de sua personalidade
e de sua ação.
Esqueço ou me distraio dos
defeitos dela, pois estes não entram no meu jogo. (Não julgueis, disse Jesus -
Cf. Mt 7, 1ss). Aliás, na medida em que cresce a admiração, desaparecem os
pontos negativos. Perguntem aos namorados!
Já pensaram na distância entre
uma regra de vida assim e outra que consista em superar os maus costumes, como
bater a porta, deixar os sapatos na sala...?
Procurar condutas positivas e
criadoras, como saber ouvir a esposa, olhar amorosamente para ela como no
primeiro encontro, assisti-la e ajudá-la no que for percebendo de bom e
necessário, tudo isso constrói a pessoa mais estruturada dentro do casamento.
Este se fortalece e a regra de vida passa a ter um significado empreendedor,
construtivo da união dos dois.
No casamento, como na vida, não
basta apenas consertar, reparar, repor. É preciso construir, crescer, avançar
para frente e para o alto.
Paulo e Leila Maria
Eq.1, N. S. Aparecida - Mogi das
Cruzes/SP
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