SOBRE AS OFERENDAS
Ó Deus, na festa de são Gregório Magno, seja-nos proveitoso este
sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do Pecado o mundo
inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O bom pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11).
Depois da comunhão
Ó Pai, instruí pelo Cristo mestre os que saciastes com o Cristo que é o
pão da vida, para que, na festa de são Gregório, cheguemos ao
conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso
Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO GREGÓRIO MAGNO)
Pedro
foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi
usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o
sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes
papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o
Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e
caridade.
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na
Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de
maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando
importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da
observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso
"canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua
extrema humildade, caridade e piedade.
Sua vocação surgiu na
tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe,
Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se
santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação
cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas
já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.
Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos,
cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores
longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio,
onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante
com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a
tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito
beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os
melhores anos de sua vida.
Como sua sabedoria não poderia
ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma
importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu
grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito
abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua
caridade e dedicação ao próximo.
Assim, após a morte do papa
Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física
pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em
aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o
liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus
confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado
em 3 de setembro de 590.
Os quatorze anos de seu pontificado
passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa
Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam
no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina,
moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da
Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália
contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias
para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e
magnanimidade.
Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de
São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já
aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da
Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
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