MEDITAÇÃO - O POUCO QUE É MUITO (DINÂMICA DA EQUIPE 12 - SETEMBRO DE 2013)
O POUCO QUE É MUITO (Mc 12,38-44)
As aparências não influenciavam o juízo que Jesus fazia das pessoas,
porque seu olhar penetrava no íntimo delas. Por esse motivo, não lhe era
difícil perceber a motivação profunda de suas ações.
Os mestres
da Lei, por exemplo, não o enganavam. Prevalecendo-se da estima que
gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer
em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim,
abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas
horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor.
Portanto, tornavam-se operadores de injustiça e dignos da mais severa
condenação.
A generosidade dos ricos também não enganava Jesus. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.
Bem outra era a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas
algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque
marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha
observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do
que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso,
seu pouco tornou-se muito aos olhos de Jesus.
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
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