English Spain Français Deutsch Italian

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

JESUS NOS É APRESENTADO HOJE COMO MESTRE (PADRE JALDEMIR VITÓRIO - JESUÍTA)

VIVÊNCIA:
Jesus nos é apresentado hoje como o Mestre, já que ia ensinando nas sinagogas. Começa como qualquer outro pregador. Lendo um texto da Escritura, que se cumpre precisamente naquele momento. Está a cumprir-se a palavra do profeta Isaías; mais a
inda, toda a Palavra, todo o conteúdo das Escrituras, tudo o que os profetas tinham anunciado se concretiza e se cumpre em Jesus.
Acreditar ou não em Jesus não é indiferente, porque é o próprio Espírito do Senhor que O ungiu e enviou. O Espírito que já pairava sobre Jesus no batismo, consagra-O para o anúncio da Boa-Nova iniciado por João Batista. É a chegada do Reino de Justiça.
A mensagem que Deus quer transmitir à humanidade através da Sua Palavra é uma boa nova para os abandonados, um anúncio de liberdade para os cativos e oprimidos, uma promessa de salvação. Uma mensagem que enche de esperança toda a humanidade. Jesus vem ao encontro dos pobres oprimidos para resgatar-lhes a vida e a dignidade....
Nós, filhos de Deus, em Cristo, através do sacramento do batismo, também recebemos esta unção e participamos na Sua missão - levar esta mensagem de esperança a toda a humanidade.
Meditando o Evangelho, vemos que Jesus pregava de um modo diferente dos outros mestres. Pregava com autoridade. E isto porque pregava principalmente com obras, com o exemplo, dando testemunho, entregando até a Sua própria vida. Assim temos de fazer nós. Não podemos ficar só pelas palavras: temos de concretizar com obras o nosso amor a Deus e aos irmãos. Podem ajudar-nos as Obras de Misericórdia – sete espirituais e sete corporais – que nos propõe a Igreja, que, como uma mãe, orienta o nosso caminho.
Que a cada dia, quando escutamos o Evangelho, possamos dizer como Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”; e Deus nos responderá: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Mas para que a Palavra seja eficaz em nós devemos nos desprender de todo o preconceito. Os contemporâneos de Jesus não o compreenderam, porque O viam somente com olhos humanos e enxergavam apenas a humanidade de Cristo, mas não se deram conta de Sua divindade. Sempre que escutamos a Palavra de Deus, temos que saber que é Deus quem nos fala.
ORAÇÃO:
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçastes para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante! Amém!
A PAZ DE CRISTO!
“O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volte o seu rosto para ti e te dê a paz!” (Nm6, 24-26)
http://www.nospassosdemaria.com.br/Evangelho.html Comentário ao Evangelho
CUMPRE-SE A ESCRITURA
O texto de Isaías, lido por Jesus numa assembléia litúrgica na sinagoga de Nazaré, possibilitou-lhe explicitar o sentido de sua presença e de sua missão, na Terra. O profeta falava de um Ungido do Senhor, enviado com uma missão bem precisa junto aos marginalizados deste mundo. Por meio deles, os pobres ouviriam a Boa Nova da libertação, os angustiados seriam consolados, os presos anistiados, os cegos voltariam a enxergar e os oprimidos ver-se-iam livres da opressão. Estas categorias de pessoas são a síntese da humanidade sofredora, carente de misericórdia.
Ao anunciar que a profecia estava se cumprindo naquele momento, Jesus proclamava que, mediante o seu ministério, iniciava-se, para os pobres, aflitos, presos, cegos e oprimidos, o Reino da definitiva libertação. Sua missão consistia em ser a presença libertadora do Pai junto às vítimas do egoísmo humano. Doravante, descortinou-se para elas a possibilidade de reconquistar a dignidade de seres humanos, e de superar a situação a que estavam relegadas.
Efetivamente, ao longo de seu ministério, os pobres receberam de Jesus mostras de benevolência: sentiam-se acolhidos e amados por ele. Assim, a profecia tornava-se realidade, mas também deve continuar a ser realizada na vida dos discípulos de Jesus. Também estes, como o Mestre, devem ser, para os pobres, mediação da misericórdia divina.

Oração
Espírito de benevolência para com os pobres, que eu seja, a exemplo de Jesus, mediação da misericórdia divina para quem carece de libertação.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário