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quarta-feira, 3 de julho de 2013

PADRE ÉLCIO ANTONIO SANTOS SILVA





Quantas vezes o nosso amigo Ronaldo ouviu de nós a frase? “Ronaldo, arranje um Padre para a nossa Equipe!” Ao que o Ronaldo respondia: “calma gente, não é assim, não pode ser qualquer Padre.” E nós insistíamos e o Ronaldo já vinha ficando até constrangido.

De repente, um telefonema... Era o Ronaldo nos chamando para jantar com um Padre. E não é que nós dispensamos o convite! Deborah e eu já estávamos em outro compromisso gastronômico do outro lado da cidade.

Mas quando é Deus quem está no comando, não tem jeito, e tudo converge para o nosso bem. Parece que foi ontem que eu entrei em casa e deparei com um Padre Grande, cercado pela turma do condomínio, extremamente simpático, na verdade uma daquelas pessoas que você parece já conhecer há muito tempo. E então, depois das apresentações, com as crianças apascentadas, nos trouxe paz e consolo pela perda recente de um grande amigo nosso, falando lindamente do exemplo de Nossa Senhora, com uma devoção tão grande, como jamais ouvíramos antes.

Depois, de nos conquistar pela eloqüência das palavras ele sentou-se no tapete da sala, e cercado de toda a criançada do condomínio, passou a jogar com elas, acreditem se quiser, a velha e divertida “adoleta”.

Esse, queridos irmãos e amigos, é o nosso Padre Élcio. Fé, carisma e alegria, tudo junto e misturado, transbordando de um coração doce pelo amor de Maria, mas que sabe ser sal na vida de quem o conhece.

Assim, será sempre inesquecível para nós o dia em que o Padre Élcio nos disse “sim”. E um “sim” para o Cristão sempre nos remete ao “sim” de Maria, àquele que transformou o mundo, que venceu a morte e nos deu O Salvador. Evidente que não vai aqui nenhuma comparação, e nem faríamos isso com o Padre Élcio, legando-lhe tamanha responsabilidade. Porém, certamente, ganhamos muito mais do que um conselheiro, que o Movimento exige, mas ganhamos um pai amoroso, um irmão e um amigo. Ganhamos um sacerdote, o ungido de Deus, que nos conduz a Cristo.

E nós aprendemos a amá-lo Padre Élcio, primeiro porque conhecendo as dores do seu sacerdócio, vivemos um pouquinho a experiência do acolhimento ao contrário, nada demais, mas o suficiente para entendermos o quanto é importante a ajuda mútua e a caridade fraterna. Depois, vendo-o lutar incansavelmente para vencer o desânimo e as dificuldades de adaptação a uma nova e dura realidade, sob o jugo da desconfiança e incompreensão de alguns incautos. Lembro-me bem de um dia em que o Senhor me disse no carro: “eu não posso ficar parado, preciso de ação.”

Naqueles dias, nós ficamos preocupados com a sua saúde, mas o vimos reagir rapidamente, sob os cuidados da nossa querida Ana Lia, e vencer aquela “santa” manga mal digerida, para arrebanhar aquele grupo de cursilhistas e a nós que trabalhávamos na organização, achando que já estávamos imunes àquela grande espiritualidade. E aquela missa? Coroou àquele retiro maravilhoso. Peço desculpas à equipe por esse episódio meio pessoal com o Padre Élcio, mas é que realmente foi bom demais, tão bom que animou o Cursilho a promover uma grande e linda festa com almoço e presentes, no fim de ano na Paróquia de São Pedro e São Paulo, para mais de uma centena de crianças e as suas famílias da Comunidade de Unamar.

As nossas reuniões nunca mais foram as mesmas com a presença do Padre Élcio, com as suas intervenções sempre precisas, mas muito paternais, e que mexem com as nossas emoções. A confissão que fizemos foi um momento de grande comprometimento dos casais com o SCE, e representou um amadurecimento da equipe, porque até em equipes com mais estrada, esta parece ser uma barreira difícil de superar. E as Santas Missas? Acredito que tenham sido para todos nós uma emoção inesquecível, já que nos permitiu vivenciar o sacrifício do calvário de uma perspectiva que jamais vivemos.

Parece que nos conhecemos há muito tempo, Padre Élcio, mas tem somente um ano e meio a nossa feliz convivência. As nossas confraternizações onde a alegria jorra de nossos corações, os bate-papos nos blogs e redes sociais, todos nós, os amigos pela fé, quando até os que não são doze, podem se chegar...

Hoje vemos com enorme alegria o trabalho missionário que o Senhor realizou em Unamar, trazendo os católicos de volta pra casa e lotando as missas na Paróquia de São Pedro e São Paulo. Também as missas de cura e libertação das segundas-feiras na Igreja Matriz, que de tão concorridas, mereceram a transferência para a Matriz auxiliar, nos dão a medida do sucesso da sua missão evangelizadora, frutos do seu carisma, de uma entrega completa para Deus, pelo amor a Jesus e à devoção à Maria, nossa Mãe e Rainha.

Nós sabemos que para Deus não há distâncias, e que o Senhor estará sempre em nossos corações. Por essa razão esta não é uma carta de despedida, devendo ser entendida como um agradecimento e uma homenagem ao nosso querido Sacerdote Conselheiro Espiritual, nosso Pai e amigo, o ungido de Deus, por quem rogamos a Jesus e à interseção de Nossa Senhora, para que a sua vocação seja sempre renovada, e o seu Ministério seja sempre frutuoso, como foi aqui em terras cabo-frienses.

Felizes os paulistanos de Capão Bonito, a sua nova e velha casa. Quanto a nós, estaremos sempre esperando por um reencontro. Não pense jamais que vai incomodar ou dar trabalho, como é seu costume dizer, mas se lembre sempre que a alegria de estar contigo é muito grande, que nós somos aqui a sua família em Cristo e que recebê-lo em nossas casas da Equipe 12  só nos encherá de orgulho.

Afinal, nós somos mais que 10, somos 12, e como diz o velho ditado “quem sai aos seus não degenera”, por isso seremos eternamente gratos ao nosso querido Padre Élcio Antônio dos Santos Silva.

Deborah e Rubens José - Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo.

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