Quantas vezes o nosso amigo
Ronaldo ouviu de nós a frase? “Ronaldo, arranje um Padre para a nossa Equipe!”
Ao que o Ronaldo respondia: “calma gente, não é assim, não pode ser qualquer
Padre.” E nós insistíamos e o Ronaldo já vinha ficando até constrangido.
De repente, um telefonema... Era
o Ronaldo nos chamando para jantar com um Padre. E não é que nós dispensamos o
convite! Deborah e eu já estávamos em outro compromisso gastronômico do outro
lado da cidade.
Mas quando é Deus quem está no
comando, não tem jeito, e tudo converge para o nosso bem. Parece que foi ontem
que eu entrei em casa e deparei com um Padre Grande, cercado pela turma do
condomínio, extremamente simpático, na verdade uma daquelas pessoas que você
parece já conhecer há muito tempo. E então, depois das apresentações, com as
crianças apascentadas, nos trouxe paz e consolo pela perda recente de um grande
amigo nosso, falando lindamente do exemplo de Nossa Senhora, com uma devoção
tão grande, como jamais ouvíramos antes.
Depois, de nos conquistar pela eloqüência
das palavras ele sentou-se no tapete da sala, e cercado de toda a criançada do
condomínio, passou a jogar com elas, acreditem se quiser, a velha e divertida “adoleta”.
Esse, queridos irmãos e amigos, é
o nosso Padre Élcio. Fé, carisma e alegria, tudo junto e misturado, transbordando
de um coração doce pelo amor de Maria, mas que sabe ser sal na vida de quem o
conhece.
Assim, será sempre inesquecível
para nós o dia em que o Padre Élcio nos disse “sim”. E um “sim” para o Cristão
sempre nos remete ao “sim” de Maria, àquele que transformou o mundo, que venceu
a morte e nos deu O Salvador. Evidente que não vai aqui nenhuma comparação, e
nem faríamos isso com o Padre Élcio, legando-lhe tamanha responsabilidade. Porém,
certamente, ganhamos muito mais do que um conselheiro, que o Movimento exige, mas
ganhamos um pai amoroso, um irmão e um amigo. Ganhamos um sacerdote, o ungido
de Deus, que nos conduz a Cristo.
E nós aprendemos a amá-lo Padre
Élcio, primeiro porque conhecendo as dores do seu sacerdócio, vivemos um
pouquinho a experiência do acolhimento ao contrário, nada demais, mas o
suficiente para entendermos o quanto é importante a ajuda mútua e a caridade
fraterna. Depois, vendo-o lutar incansavelmente para vencer o desânimo e as
dificuldades de adaptação a uma nova e dura realidade, sob o jugo da
desconfiança e incompreensão de alguns incautos. Lembro-me bem de um dia em que
o Senhor me disse no carro: “eu não posso ficar parado, preciso de ação.”
Naqueles dias, nós ficamos
preocupados com a sua saúde, mas o vimos reagir rapidamente, sob os cuidados da
nossa querida Ana Lia, e vencer aquela “santa” manga mal digerida, para
arrebanhar aquele grupo de cursilhistas e a nós que trabalhávamos na
organização, achando que já estávamos imunes àquela grande espiritualidade. E
aquela missa? Coroou àquele retiro maravilhoso. Peço desculpas à equipe por
esse episódio meio pessoal com o Padre Élcio, mas é que realmente foi bom
demais, tão bom que animou o Cursilho a promover uma grande e linda festa com
almoço e presentes, no fim de ano na Paróquia de São Pedro e São Paulo, para
mais de uma centena de crianças e as suas famílias da Comunidade de Unamar.
As nossas reuniões nunca mais
foram as mesmas com a presença do Padre Élcio, com as suas intervenções sempre
precisas, mas muito paternais, e que mexem com as nossas emoções. A confissão
que fizemos foi um momento de grande comprometimento dos casais com o SCE, e
representou um amadurecimento da equipe, porque até em equipes com mais
estrada, esta parece ser uma barreira difícil de superar. E as Santas Missas?
Acredito que tenham sido para todos nós uma emoção inesquecível, já que nos
permitiu vivenciar o sacrifício do calvário de uma perspectiva que jamais
vivemos.
Parece que nos conhecemos há
muito tempo, Padre Élcio, mas tem somente um ano e meio a nossa feliz
convivência. As nossas confraternizações onde a alegria jorra de nossos
corações, os bate-papos nos blogs e redes sociais, todos nós, os amigos pela
fé, quando até os que não são doze, podem se chegar...
Hoje vemos com enorme alegria o
trabalho missionário que o Senhor realizou em Unamar, trazendo os católicos de
volta pra casa e lotando as missas na Paróquia de São Pedro e São Paulo. Também
as missas de cura e libertação das segundas-feiras na Igreja Matriz, que de tão
concorridas, mereceram a transferência para a Matriz auxiliar, nos dão a medida
do sucesso da sua missão evangelizadora, frutos do seu carisma, de uma entrega
completa para Deus, pelo amor a Jesus e à devoção à Maria, nossa Mãe e Rainha.
Nós sabemos que para Deus não há
distâncias, e que o Senhor estará sempre em nossos corações. Por essa razão esta não é uma carta de despedida, devendo ser
entendida como um agradecimento e uma homenagem ao nosso querido Sacerdote
Conselheiro Espiritual, nosso Pai e amigo, o ungido de Deus, por quem rogamos a
Jesus e à interseção de Nossa Senhora, para que a sua vocação seja sempre
renovada, e o seu Ministério seja sempre frutuoso, como foi aqui em terras cabo-frienses.
Felizes os paulistanos de Capão
Bonito, a sua nova e velha casa. Quanto a nós, estaremos sempre esperando por um reencontro. Não pense jamais que vai incomodar ou dar trabalho, como é seu costume dizer, mas se lembre sempre que a alegria de
estar contigo é muito grande, que nós somos aqui a sua família em Cristo e que
recebê-lo em nossas casas da Equipe 12 só nos encherá de orgulho.
Afinal, nós somos mais que 10,
somos 12, e como diz o velho ditado “quem sai aos seus não degenera”, por isso seremos
eternamente gratos ao nosso querido Padre Élcio Antônio dos Santos Silva.
Deborah e Rubens José - Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo.
Deborah e Rubens José - Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo.
ResponderExcluirquem tem notícias do Padre Elcio?