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terça-feira, 25 de outubro de 2011

O PAPA E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO


A teologia da libertação é uma corrente de pensamento dita teológica surgida no chamado terceiro mundo e nas periferias pobres, a partir dos anos 1970, baseada na luta contra o capitalismo e na "libertação" dos pobres. - "Libertação", neste caso, não espiritual, mas material. - Parece-se muito mais com política do que com espiritualidade cristã. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina. É fortemente influenciada pela visão marxista e socialista das realidades do mundo. Descartada como inadequada pela Igreja e condenada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI, mesmo assim, a teologia da libertação (TL) continua bem viva e, atualmente, domina as universidades católicas, representada por professores e intelectuais pouco comprometidos com doutrina e espiritualidade. É defendida também por padres e está presente em diversos setores da Igreja Católica, especialmente no Brasil e na América Latina.

Oficialmente, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre essse tipo de teologia: o Libertatis Nuntius (1984) e o Libertatis Conscientia (1986). Estes documentos ressaltam a importância do compromisso radical da Igreja para com os pobres, mas declaram a teologia da libertação herética, porque ela faz uma releitura marxista, materialista e atéia dos acontecimentos espirituais. E também porque a Igreja não pode admitir que a sublime Mensagem do Evangelho de Jesus Cristo, Palavra de Deus, seja reduzida a uma mera ideologia política entre outras ideologias meramente humanas e mundanas. Isto é absolutamente incompatível com a doutrina cristã e católica, especialmente quando a TL afirma que "só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político"(!).

O Papa João Paulo II deixou muito clara sua posição a respeito desta linha de pensamento, em diversas oportunidades: "Sem resposta para a fome da verdade, sem a cura das doenças da alma, ferida por causa da mentira, ou, numa palavra, sem a Verdade e sem Deus, o homem não pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na visão de mundo da teologia da libertação como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo eles, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago" (Curso de Exercícios Espirituais realizado no Vaticano na presença de S.S. João Paulo II, 1986).

Já o nosso Sumo-Pontífice atual, o Papa Bento XVI, é considerado o maior teólogo vivo do planeta, com oito doutorados. Ele domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês e espanhol-castelhano), mas também possui conhecimentos de português, lê grego antigo e hebraico.

O Papa é membro de diversas academias científicas da Europa, como a Académie des Sciences Morales et Politiques (França) e é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006). Também é pianista, com preferências por Bach e Mozart. Foi incluído pela revista Time como sendo uma das pessoas mais influentes do mundo.

Mas o principal é que ele é nosso Papa, o sucessor de Pedro e o pastor de almas de todos os verdadeiros cristãos católicos (se algum irmão 'evangélico' vê problema nisso, leia João 21, 27) . A partir do momento em que consideramos descartável ou supérfluo o que o Papa fala, deixamos de ser católicos, e nos tornamos muito parecidos com os que seguem seitas ditas "evangélicas".

Neste post, veremos como o nosso Papa Bento XVI, este preparadíssimo homem de Deus, esclarece os católicos, à perfeição, a respeito da Teologia da Libertação, através de suas declarações em ocasiões diversas:


«Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o Anúncio da Verdade de Deus, para antes fazer as coisas 'mais necessárias'? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo!»
- RATZINGER, Cardeal Joseph. O Caminho Pascal, São Paulo: Loyola, 1986, p. 15

«Encontramo-nos, em resumidas contas, em uma situação singular: a teologia da libertação tentou dar ao cristianismo uma nova praxe, mediante a qual finalmente teria lugar a redenção. Mas essa praxe deixou, atrás de si, ruínas em lugar de liberdade. Fica o relativismo e a tentativa de nos conformar com ele. Mas o que assim nos oferece é tão vazio que as teorias relativistas procuram ajuda na teologia da libertação, para, a partir dela, poder ser levadas à prática.»
- Conferência em Guadalajara (México - 11/1996)

«Não se pode tampouco localizar o mal principal e unicamente nas estruturas econômicas, sociais ou políticas más, como se todos os outros males se derivassem dessas estruturas, de sorte que a criação de um 'homem novo' dependesse da instauração de estruturas econômicas e sociais e políticas diferentes.

Certamente há estruturas iníquas e geradoras de iniquidades, e é preciso ter valentia para mudá-las. Frutos da ação do homem, as estruturas, boas ou más, são consequências antes de ser causas. A raiz do mal reside, pois, nas pessoas livres e responsáveis, que devem ser convertidas pela Graça de Jesus Cristo, para viver e atuar como criaturas novas, no amor ao próximo, a busca eficaz da justiça, do domínio de si e do exercício das virtudes.»

«Quando fica como primeiro imperativo a revolução radical das relações sociais e se questiona, a partir daqui, a busca da perfeição pessoal, entra-se no caminho da negação do sentido da pessoa e de sua transcendência, e se arruína a ética e seu fundamento, que é o caráter absoluto da distinção entre o bem e o mal. Por outra parte, sendo a caridade o princípio da autêntica perfeição, esta última não pode conceber-se sem abertura aos outros e sem espírito de serviço.»
«Recordemos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos, estão no centro da concepção marxista. Esta contém, pois, enganos que ameaçam diretamente as verdades da fé sobre o destino eterno das pessoas. Ainda mais, querer integrar na teologia uma 'análise' cujos critérios de interpretação dependem desta concepção atéia (como faz a TL) é encerrar-se em ruinosas contradições. O desconhecimento da natureza espiritual da pessoa conduz a subordiná-la totalmente à coletividade e, portanto, a negar os princípios de uma vida social e política de acordo com a dignidade humana.»

«Esta concepção totalizante impõe sua lógica e arrasta às 'teologias da libertação' a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem. Em efeito, o núcleo ideológico, tirado do marxismo, ao qual faz referência, exerce a função de um princípio determinante. Esta função se deu em virtude da qualificação de científico, quer dizer, de necessariamente verdadeiro, que se lhe atribuiu.»

«As 'teologias da libertação', que têm o mérito de ter valorizado os grandes textos dos Profetas e do Evangelho sobre a defesa dos pobres, conduzem a um amálgama ruinoso entre o pobre da Escritura e o proletariado de Marx . Por isso, o sentido cristão do pobre se perverte, e o combate pelos direitos dos pobres se transforma em combate de classe na perspectiva ideológica da luta de classes. A Igreja dos pobres significa, assim, uma 'igreja de classe' (uma espécie de partido político), que tomou consciência das necessidades da luta revolucionária como etapa para a libertação e que celebra esta libertação em sua liturgia.»

- Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação Libertatis Nuntius


Está mais do que claro o que o católico de verdade pensa a respeito da teologia da libertação: para o lixo com ela!


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