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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

REUNIÃO DE BALANÇO


“... se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?
Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo: ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’”
(Lc 14, 28-30)
Numa vida de Equipe, entre os vários meios de vivência das Equipes está a reunião anual de balanço. “A última reunião do ano equipista é uma reunião de balanço. Ela proporciona a todos os componentes do grupo a oportunidade de refletir e de dar sua opinião, abertamente e com espírito cristão, sobre a situação da equipe (sua caminhada, seus progressos ao longo do ano que termina) e preparar o ano seguinte. Não se pode esquecer que o mais importante é buscar a vontade de Deus para o casal e para a equipe e discernir seu apelo para viver, mais autenticamente, o amor caridade, que é a alma de toda a comunidade cristã.” (Guia das ENS, 31).
O balanço bem feito, humilde e transparente nos ajuda a identificar os pontos frágeis e fortes da caminhada de equipe, permitindo fazer um planejamento futuro real, capaz de proporcionar um crescimento qualitativo dentro daquilo que propõe o Movimento: Estar a serviço dos casais numa dinâmica de crescimento na vivência da espiritualidade conjugal. “As equipes têm que ser ao mesmo tempo um Movimento de iniciação e de aperfeiçoamento” (Centelhas de sua mensagem, p. 47).
Vivemos um ano jubilar riquíssimo no Brasil, nas Regiões. Debruçamo-nos sobre um tema de estudo muito profundo que nos fez refletir sobre a vida matrimonial de casais equipistas. A partir das questões propostas para o nosso balanço, numa perspectiva de crescimento futuro, busquemos testemunhar cada vez mais o amor de Deus a partir da nossa vida conjugal, dom gratuito da graça que nos cumula o Espírito Santo. Na nossa reunião Jesus está sempre no centro a nos escutar. De corações abertos digamos o que fizemos, como os discípulos a Jesus (cf. Lc 10, 17-20).
Um carinhoso abraço. No Coração de Jesus,
Pe. Miguel Batista, SCJ
SCE Super-Região Brasil

BALANÇO GERAL

Assim diz o Senhor dos exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram!” (cf. Ag 1,1-11). De tempos em tempos, é saudável parar e fazer uma avaliação de desempenho. As empresas, obrigatoriamente, preparam os seus balanços anuais. Empresários mais dedicados vão além e não dispensam os balancetes mensais ou, até mesmo, semanais. Eles sabem que é importante verificar os resultados de suas ações, para mudá-las quando necessário. Caso contrário, o indesejado prejuízo pode aparecer e levá-los à falência. Na vida espiritual é semelhante.
Periodicamente é bom fazer um “balanço”.
O texto de Ageu está num contexto interessante. Como o povo não parava para fazer o “balanço geral”, tão necessário, Deus mesmo apresentou um balanço que havia feito da vida deles e desafiou-os a analisarem os resultados e os caminhos que levaram até aqueles resultados. Eles viviam num corre-corre incessante, que dava em quase nada de positivo. Tinham várias preocupações com o bem-estar pessoal, enquanto negligenciavam os assuntos que envolviam Deus. No caso específico deles, tratavam com descaso o templo do Senhor, que estava em ruínas, ao mesmo tempo em que viviam demasiadamente preocupados com o conforto e o embelezamento das próprias casas. O balanço era claro: mostrava que Deus não era prioridade.
Ainda que em situações diferentes, o apelo deste texto continua atual. Também nós, olhando para nossa condição espiritual, podemos nos perguntar se nossos caminhos, aqui sinônimo de atitudes, têm nos levado a lugares que estão de acordo com o desejo de Deus.
Sempre é ora para um bom balanço. Pare e analise! Veja por onde seus caminhos o têm levado e, se por acaso você percebe que eles não destacam Deus como prioridade, peça perdão e volte atrás. Mude suas atitudes. Ou, no linguajar da Bíblia, trilhe por outros caminhos. Sua situação presente tem boas chances de ser o resultado de ações do passado.
O balanço do cristão só é positivo quando mostra Deus como prioridade.
(Extraído do livro “Pão Diário”, Editora União Cristã)
Colaboração de Mara e João, CRR SC II
Lages - SC

domingo, 30 de outubro de 2011

MY LAST DAY - THE JESUS ANIME

Interessantíssimo e muito bem produzido o anime (animação ao estilo japonês) sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É um projeto de Barry Cook, antigo animador da Disney, e do Studio 4C, responsável por episódios dos famosos Animatrix e Gothan Knight (quem aprecia animação sabe do que se trata). A história desse curta é o dia da Crucificação de Cristo vista pelos olhos do criminoso que partilhou da mesma sentença, chamado pela Tradição de São Dimas, o "Bom Ladrão". Vale a pena assistir:

Reproduzido do Blog "Voz da Igreja":
http://vozdaigreja.blogspot.com/2011/10/my-last-day-jesus-anime.html



É LIVRE QUEM VIVE PARA OS OUTROS




Domingo, 30 de outubro de 2011
Sinto-me um prisioneiro! Como me tornar livre?

É mais simples do que você pensa! A liberdade é uma conquista de quem não sabe pensar em si mesmo e lança-se para preencher a vida dos outros, sem olhar a quem.
O mundo e o diabo buscam loucamente convencer-nos de que a liberdade é uma escolha, que tem como centro nós mesmos, nossos planos e felicidade. Que ótimo saber que não é nada disso!
É livre quem vive para os outros, quem resolve parar de pensar em sua própria vida e investe tempo, esforços, afetos e trabalhos para fazer feliz aos outros. É livre quem ama! É amargamente um prisioneiro quem busca ser amado. Eis a medida da verdadeira liberdade!


Agora vamos rezar juntos?
Clique no blog.cancaonova.com/ricardosa.
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Com carinho e orações,
Seu irmão,
Ricardo Sá

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

POR QUE PARTICIPAR DA MISSA AOS DOMINGOS ?



Quando, no cair da tarde de um domingo, as vias de acesso a uma de nossas grandes cidades congestionam-se com milhares de carros que retornam de um fim de semana no litoral ou no campo, uma pergunta me ocorre, e já nasce triste no meu coração: quantos desses homens e mulheres,sejam maduros, jovens ou crianças, terão ido à Missa, hoje ou ontem à tarde?

E a tristeza se acentua quando vou ao shopping e vejo a imensidão de pessoas que se entregam com tanta voracidade ao consumismo desenfreado. São grandes filas para comer um sanduíche numa lanchonete, para entrar nas salas de cinema, e/ou para aproveitar alguma liquidação na loja da moda...

Também me surpreendo quando passeio por certos pontos da cidade e vejo as enormes filas que dão voltas nos quarteirões, milhares e milhares de pessoas à espera da sua vez para entrar num estádio de futebol: multidões que parecem pensar que o destino do Universo depende unicamente das peripécias de uma bola e da emoção de um gol... Claro que eu não condeno o lazer ou o prazer de um bom passeio, nem sou contra quem vai assistir a um bom filme no cinema, e muito menos poderia ser contra o esporte ou a prática de atividades esportivas. Tudo isso pode ser muito bom e muito saudável. Mas... quantas dessas pessoas, que superlotam os parques e shoppings, terão se lembrado de Deus nas suas horas de folga e de lazer?

Quantos, no dia seguinte, voltarão ao trabalho realmente refeitos, não só de corpo como também de alma? Quantos destes poderiam se enquadrar na famosa frase de Santo Agostinho: “Meu coração está inquieto,e não descansará enquanto não repousar somente em Ti”?

Perdeu-se a noção da dignidade e da importância diferenciada do domingo, como o momento insubstituível de culto ao Divino, e também de descanso espiritual, tanto para o indivíduo quanto para a família. Em nossas consciências está se esvaziando do seu real conteúdo o Dia do Senhor. E com esse esvaziamento compromete-se um importantíssimo valor cristão.

Essa é a origem etimológica da palavra domingo: Dies Domini. Não está em jogo aqui uma questão desnecessária, de menor importância. A participação atenta, profunda e proveitosa na Santa Missa é uma condição indispensável para a autêntica vida cristã! Assim o lembrou o Papa João Paulo II: “Tomem a sério o convite que a Igreja lhes dirige, com caráter obrigatório, para participar todos os domingos da Santa Missa”...

Que todo domingo seja configurado por essa nossa Fonte de Energia, como dia consagrado ao Senhor. A Ele pertence nossa vida, e somente a Ele se deve a nossa adoração. Todo domingo é uma maravilhosa oportunidade que nos é dada, de beber dessa Fonte, nesse processo de “recarregar baterias” espirituais no dia consagrado ao Senhor. Um momento para refazer as forças do corpo e do espírito, mudando as nossas atividades habituais, deixando a rotina (muitas vezes massacrante) de lado.


Desculpas para o não cumprimento do preceito dominical

Já ouvi dizer que o comparecimento à Missa pode atrapalhar a necessidade de descanso, lazer e/ou integração social. Colocam-se à frente de Deus: a festinha de aniversário, o churrasco, o futebol, o lazer, as atividades sociais... Alguém que realmente pensa assim simplesmente não compreende que as duas coisas, Missa e descanso, não são opostas, mas devem se completar!

O passeio, o esporte, o lazer e o repouso são oportunidades para o ser humano serenar corpo e espírito, e se colocar, assim, em condições ideais para entrar em Comunhão com o Criador. E ir à santa Missa, colher os frutos maravilhosos que só a Celebração Eucarística e a Comunhão com Deus pode nos oferecer.



Fonte:
CINTRA, Luiz Fernando. Por que ir à Missa aos Domingos? São Paulo: Quadrante, 1989, pp. 3, 4
reproduzido no Blog Voz da Igreja:
http://vozdaigreja.blogspot.com/2001/10/por-que-participar-da-missa-todos-os.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A PORTA ESTREITA



Certa vez estava Jesus a ensinar em público quando alguém se aproximou e o indagou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” (1) A resposta de Cristo veio como uma incógnita da seguinte maneira: “Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita” (2). Perguntamos, será que aquele que havia feito a indagação conseguiu entender a resposta do messias? E nós, entendemos?
Logicamente, aquele que o indagou gostaria de ter recebido uma resposta simples como “Sim” ou “Não”. Porém, atrás da resposta de Cristo existe uma infinidade para se compreender. Quando Jesus responde que é preciso fazer esforço significa que é necessário se empenhar com ânimo, ou seja, com todas as forças que lhe são possíveis, para então, entrar pela porta estreita. Mas, será que a porta do céu é estreitíssima, se é assim, então, aqueles mais avantajados terão mais dificuldades por entrar no Reino dos Céus.
Certamente Cristo não se refere a uma porta física ou qualquer coisa do gênero, e sim se refere a um modo de vida, a uma postura frente às diversas possibilidades que nos cercam. Para compreender tal sentido visualizemos a seguinte estória.
Era uma vez uma pequena aldeia africana. A fonte de água situava-se quilômetros apenas e os habitantes da aldeia, gratos por esse caso favorável, viviam na maior alegria. As mulheres encarregadas de buscar a água gozavam de grande prestígio: todos os dias distribuíam a vida à comunidade. Salomé, muito hábil, levava sempre duas bilhas: uma estava em perfeito estado, mas a outra, um tanto gasta, perdia água. Esta bilha envergonhada com suas rachaduras, perguntou-lhe certo dia:
– Por que você não escolhe uma bilha que rende mais? Você não vê que desperdiço água, que não cumpro com minha missão? Quando chego à aldeia, estou vazia.
– Melhor dizendo: meio cheia, respondeu Salomé.
Mas vem comigo.
Salomé tomou a bilha sob o braço e a levou pelo caminho da fonte:
– Quando volto trago sempre tua amiga no lado direito e você no lado esquerdo. Agora, olha para o chão. A bilha olhou. No lado direito só havia poeira. Mas no lado esquerdo, flores.
A porta estreita do evangelho nos indica o modo de se por diante da vida cotidiana, muitas das vezes desejamos produzir, ganhar dinheiro, estar bem vestidos, bem alimentados e passear muito. E, quando temos algum probleminha logo procuramos sanar a dificuldade, tal como a bilha com suas rachaduras que desejava que fosse trocada por outra. No entanto, a bilha rachada não percebida que através de suas rachaduras dava vida a outras vidas.
A porta estreita por diversas vezes causa dor, dificuldades que parece até intermináveis. Mas quais são as portas estreitas de nossas vidas? Para um casal recém casado após algum tempo juntos logo perceberão mais os defeitos do parceiro ou da parceira do que as virtudes, eis aqui um porta estreita. Para um casal que teve o primeiro filho, no início tudo é alegria, mas no segundo, no terceiro mês de vida do bebê logo perceberão a sua porta estreita, ou seja, terá que acordar de madrugada para acudir o filho ou a filha que está em prantos. Para um noviço que ao chegar ao convento, no primeiro mês tudo é novo, tudo lhe inspira, mas a hora que lhe bate a saudade da família e, começa as dificuldades, logo percebe a sua porta estreita. Estes e tantos outros exemplos é que podemos elencar acerca da porta estreita de nossas vidas.
É necessário fazer esforço para entrar pela porta estreita, não é fácil deixar nossa situação cômoda para ir ao encontro do irmão que necessita de nossa ajuda. Já pensou em fazer como a Salomé de nossa estória, que de modo simples levava vida para a sua aldeia. Em nossa vida a quantos estamos dando vida, o nosso sorriso dá vida, o nosso “bom dia” dá vida, o nosso olhar carinhoso dá a vida.
Numa outra passagem do evangelho Cristo aponta o caminho da porta estreita, aponta o Reino de Deus cá na terra, com as seguintes palavras: “tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me acolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me” (4). Eis a porta estreita. No entanto, é preciso fazer esforço para sair de si, sair de nosso egoísmo, de nossa vida cômoda, e então, ir ao encontro do irmão.
Neste domingo lembramos a Vocação Laical, e através destes apontamentos podemos entender que aqueles que abraçam esta vocação são como a Salomé e como a bilha, que por meio de suas condições possíveis possibilitam a vida a tantas outras vidas.
Aos leigos, aos casados, aos sacerdotes, aos religiosos, a todos nós é preciso auscultar, acolher e guardar em nossos corações o que o Senhor nos fala:
“Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita”
Frei Osvaldo Maffei, OFM
(1) Lc 13,23 - (2) Lc 13,24ª - (3) Autor desconhecido - (4) Mt 25,35-36

O NÓ DO AFETO - Eloi Zanetti




Era um reunião numa escola. A diretora incentivava os pais a apoiarem as crianças, falando da necessidade da presença deles junto aos filhos. Mesmo sabendo que a maioria dos pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da necessidade de acharem tempo para seus filhos.
Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou que saía tão cedo de casa, que seu filho ainda dormia e que, quando voltava, o pequeno, cansado, já adormecera. Explicou que não podia deixar de trabalhar tanto assim, pois estava cada vez mais difícil sustentar a família. E contou como isso o deixava angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos fins de semana.

O pai, então, falou como tentava redimir-se, indo beijar a criança todas as noites, quando chegava em casa. Contou que a cada beijo, ele dava um pequeno nó no lençol, para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o menino sabia que seu pai o amava e lá estivera. E era o nó o meio de se ligarem um ao outro.
Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou ser aquele menino um dos melhores e mais ajustados alunos da classe. E a fez refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos têm de se comunicarem, de se fazerem presentes nas vidas uns dos outros. O pai encontrou sua forma simples, mas eficiente, de se fazer presente e, o mais importante, de que seu filho acreditasse na sua presença.
Para que a comunicação se instale, é preciso que os filhos 'ouçam' o coração dos pais ou responsáveis, pois os sentimentos falam mais alto do que as palavras. É por essa razão que um beijo, um abraço, um carinho, revestidos de puro afeto, curam até dor de cabeça, arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro, etc.
Uma criança pode não entender certas palavras, mas sabe registrar e gravar um gesto de amor, mesmo que este seja um simples nó.

E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho?
 
(reproduzido da RevistaTiquinho - outubro/2001)
Eloi Zanetti é Consultor em Marketing, Comunicação Corporativa e Vendas, Palestrante e Escritor

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O PAPA E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO


A teologia da libertação é uma corrente de pensamento dita teológica surgida no chamado terceiro mundo e nas periferias pobres, a partir dos anos 1970, baseada na luta contra o capitalismo e na "libertação" dos pobres. - "Libertação", neste caso, não espiritual, mas material. - Parece-se muito mais com política do que com espiritualidade cristã. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina. É fortemente influenciada pela visão marxista e socialista das realidades do mundo. Descartada como inadequada pela Igreja e condenada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI, mesmo assim, a teologia da libertação (TL) continua bem viva e, atualmente, domina as universidades católicas, representada por professores e intelectuais pouco comprometidos com doutrina e espiritualidade. É defendida também por padres e está presente em diversos setores da Igreja Católica, especialmente no Brasil e na América Latina.

Oficialmente, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre essse tipo de teologia: o Libertatis Nuntius (1984) e o Libertatis Conscientia (1986). Estes documentos ressaltam a importância do compromisso radical da Igreja para com os pobres, mas declaram a teologia da libertação herética, porque ela faz uma releitura marxista, materialista e atéia dos acontecimentos espirituais. E também porque a Igreja não pode admitir que a sublime Mensagem do Evangelho de Jesus Cristo, Palavra de Deus, seja reduzida a uma mera ideologia política entre outras ideologias meramente humanas e mundanas. Isto é absolutamente incompatível com a doutrina cristã e católica, especialmente quando a TL afirma que "só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político"(!).

O Papa João Paulo II deixou muito clara sua posição a respeito desta linha de pensamento, em diversas oportunidades: "Sem resposta para a fome da verdade, sem a cura das doenças da alma, ferida por causa da mentira, ou, numa palavra, sem a Verdade e sem Deus, o homem não pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na visão de mundo da teologia da libertação como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo eles, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago" (Curso de Exercícios Espirituais realizado no Vaticano na presença de S.S. João Paulo II, 1986).

Já o nosso Sumo-Pontífice atual, o Papa Bento XVI, é considerado o maior teólogo vivo do planeta, com oito doutorados. Ele domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês e espanhol-castelhano), mas também possui conhecimentos de português, lê grego antigo e hebraico.

O Papa é membro de diversas academias científicas da Europa, como a Académie des Sciences Morales et Politiques (França) e é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006). Também é pianista, com preferências por Bach e Mozart. Foi incluído pela revista Time como sendo uma das pessoas mais influentes do mundo.

Mas o principal é que ele é nosso Papa, o sucessor de Pedro e o pastor de almas de todos os verdadeiros cristãos católicos (se algum irmão 'evangélico' vê problema nisso, leia João 21, 27) . A partir do momento em que consideramos descartável ou supérfluo o que o Papa fala, deixamos de ser católicos, e nos tornamos muito parecidos com os que seguem seitas ditas "evangélicas".

Neste post, veremos como o nosso Papa Bento XVI, este preparadíssimo homem de Deus, esclarece os católicos, à perfeição, a respeito da Teologia da Libertação, através de suas declarações em ocasiões diversas:


«Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o Anúncio da Verdade de Deus, para antes fazer as coisas 'mais necessárias'? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo!»
- RATZINGER, Cardeal Joseph. O Caminho Pascal, São Paulo: Loyola, 1986, p. 15

«Encontramo-nos, em resumidas contas, em uma situação singular: a teologia da libertação tentou dar ao cristianismo uma nova praxe, mediante a qual finalmente teria lugar a redenção. Mas essa praxe deixou, atrás de si, ruínas em lugar de liberdade. Fica o relativismo e a tentativa de nos conformar com ele. Mas o que assim nos oferece é tão vazio que as teorias relativistas procuram ajuda na teologia da libertação, para, a partir dela, poder ser levadas à prática.»
- Conferência em Guadalajara (México - 11/1996)

«Não se pode tampouco localizar o mal principal e unicamente nas estruturas econômicas, sociais ou políticas más, como se todos os outros males se derivassem dessas estruturas, de sorte que a criação de um 'homem novo' dependesse da instauração de estruturas econômicas e sociais e políticas diferentes.

Certamente há estruturas iníquas e geradoras de iniquidades, e é preciso ter valentia para mudá-las. Frutos da ação do homem, as estruturas, boas ou más, são consequências antes de ser causas. A raiz do mal reside, pois, nas pessoas livres e responsáveis, que devem ser convertidas pela Graça de Jesus Cristo, para viver e atuar como criaturas novas, no amor ao próximo, a busca eficaz da justiça, do domínio de si e do exercício das virtudes.»

«Quando fica como primeiro imperativo a revolução radical das relações sociais e se questiona, a partir daqui, a busca da perfeição pessoal, entra-se no caminho da negação do sentido da pessoa e de sua transcendência, e se arruína a ética e seu fundamento, que é o caráter absoluto da distinção entre o bem e o mal. Por outra parte, sendo a caridade o princípio da autêntica perfeição, esta última não pode conceber-se sem abertura aos outros e sem espírito de serviço.»
«Recordemos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos, estão no centro da concepção marxista. Esta contém, pois, enganos que ameaçam diretamente as verdades da fé sobre o destino eterno das pessoas. Ainda mais, querer integrar na teologia uma 'análise' cujos critérios de interpretação dependem desta concepção atéia (como faz a TL) é encerrar-se em ruinosas contradições. O desconhecimento da natureza espiritual da pessoa conduz a subordiná-la totalmente à coletividade e, portanto, a negar os princípios de uma vida social e política de acordo com a dignidade humana.»

«Esta concepção totalizante impõe sua lógica e arrasta às 'teologias da libertação' a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem. Em efeito, o núcleo ideológico, tirado do marxismo, ao qual faz referência, exerce a função de um princípio determinante. Esta função se deu em virtude da qualificação de científico, quer dizer, de necessariamente verdadeiro, que se lhe atribuiu.»

«As 'teologias da libertação', que têm o mérito de ter valorizado os grandes textos dos Profetas e do Evangelho sobre a defesa dos pobres, conduzem a um amálgama ruinoso entre o pobre da Escritura e o proletariado de Marx . Por isso, o sentido cristão do pobre se perverte, e o combate pelos direitos dos pobres se transforma em combate de classe na perspectiva ideológica da luta de classes. A Igreja dos pobres significa, assim, uma 'igreja de classe' (uma espécie de partido político), que tomou consciência das necessidades da luta revolucionária como etapa para a libertação e que celebra esta libertação em sua liturgia.»

- Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação Libertatis Nuntius


Está mais do que claro o que o católico de verdade pensa a respeito da teologia da libertação: para o lixo com ela!