Vários estudos biológicos provaram que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante o tempo enquanto se aquece a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudança de ambiente), e morre quando a água ferve: inchado e feliz! Por outro lado, outro sapo que seja jogado no recipiente já com água fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo.
Algumas pessoas tem comportamento similar ao do “sapo fervido”. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem e que tudo passa... é só dar um tempo. E ficam obsoletos, “morrendo” sem ter percebido as mudanças. Outros, vendo as transformações, pulam, saltam, em ações que representam as ações necessárias.
Vários “sapos fervidos” estão por aí, vivendo a “síndrome de Gabriela” (eu nasci assim, eu cresci assim...). Prestes a morrer, porém boiando, estáveis na água que se aquece a cada minuto. Não podemos ser “sapos fervidos”. Precisamos juntos criar na nossa equipe um clima interno que seja favorável ao crescimento espiritual, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara e verdadeira, para o compartilhamento, para o engajamento comunitário, e para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade de atuar em casal e de forma coletiva.
A mudança exige como resposta o esforço coletivo. Tornar as ações coletivas exige muita competência interpessoal e interior para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber: ouvir, partilhar, doar, acreditar no amor e no elo de amizade e de fé que nos une.
Os “sapos fervidos”, acomodados nos seu habitat, boiarão no mundo do terceiro milênio.
Acordemos! Nós, que nos enquadramos neste perfil de “sapo fervido”, procuremos, como equipistas, estar atentos aos objetivos do movimento: “como igreja, participar e comprometer-se com a construção do reino, vivendo o Sacramento do matrimônio, buscando a vontade e o amor de Deus, a verdade, o encontro e a comunhão na vida em comunidade”.
Fonte: Carta Mensal de Setembro de 2001.
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