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domingo, 9 de setembro de 2012

A VIDA É A ARTE DOS BONS ENCONTROS!


Amigos, há um mês estávamos vivenciando o XI Encontro Internacional em Brasília. Ainda temos presente o calor da acolhida fraterna, os novos amigos que fizemos na equipe mista e em outros momentos. Realmente mais um sopro do Espírito Santo ao do Padre Caffarel, a realização destes encontros para solidificar o movimento.

Como os apóstolos após a transfiguração, descemos da montanha e agora estamos na planície ousando o evangelho, pórem não é fácil. Deus nos ajude no anúncio da boa nova!

Bom final de semana!

Alexandre


A VIDA É A ARTE DOS BONS ENCONTROS!

É nos bons encontros da vida que garantimos os vínculos de existências saudáveis.

É no encontro com a terra que a semente germina. É no encontro com a água que os peixes multiplicam a vida. É no encontro com a luz que tudo adquire identidade e vigor. É nos bons encontros da vida que garantimos os vínculos de existências saudáveis. A vida é a vasta rede dos mil encontros que vai configurando a própria história pessoal. Viver é encontrar-se e encontrar-se é viver.

No acontecer da vida, um dos componentes mais surpreendentes é o encontro. Cruzamos uns com os outros nos caminhos da vida. Tropeçamos em tantos pés e, no entanto, em raras ocasiões nos encontramos. Existem muitas formas de encontros: há encontros fortuitos, outros evitados, tantos provocados e desejados e tantos rejeitados. Também são diversos os níveis de encontro: físico, amistoso, comercial, familiar, profissional, social, religioso etc. Porém, não é comum, nem fácil, o encontro profundamente humano.

Tantos encontros deixam marcas ruins e lembranças indesejadas, outros são tão superficiais que logo passam ao esquecimento. Há encontros que geram alegria e outros, tristeza. Acontecem encontros que mudam o rumo da história pessoal e se eternizam num amor comprometido. Há encontros que escravizam e outros que libertam. Muitos encontros enriquecem a vida, outros a empobrecem.

A vida é a arte dos bons encontros. Não podemos ignorar que esta arte vem carregada de responsabilidade. A pessoa não é um terreno de invasões. Nem Deus invade e nem arromba a porta da liberdade de seus filhos para provocar encontros. Pela imensa sacralidade de cada pessoa, todo o encontro precisa ser precedido por um imenso respeito e cuidado.

A arte dos bons encontros não é comum. Em todos os dias manejamos coisas, tratamos com pessoas e nos enfrentamos com muitos acontecimentos vitais. Porém, para que aconteça um bom e verdadeiro encontro temos que nascer sempre de novo, nos despojar dos preconceitos, nos libertar dos mecanismos de defesa e nos abrir para uma comunicação solidária e amorosa.

Para que aconteça um bom encontro necessitamos desalojar de nosso coração todas as resistências e obscuridades que impedem a transparência e a comunicação. Como em tudo o que faz parte da gratuidade do amor, a iniciativa do bom encontro é sempre de cada um de nós. Aqui vale o empenho da confiança para podermos ser acolhedores de quem vem ao nosso encontro. Confiança não é louca ingenuidade, mas confiança prudente de quem sabe a arte do necessário cuidado.

A sagrada experiência humana dos bons encontros não se improvisa. Encontros que geram amizade, mútua ajuda e comunhão de destino precisam ensaiar um caminho de aprofundamento, gradual e progressivo de conhecimento, confiança e corresponsabilidade. Um antigo filósofo dizia que “só seremos amigos verdadeiros, depois que comermos juntos um alqueire de sal”. Com isso confirmava que os bons encontros garantem a durabilidade, na medida de sua alegre seriedade.

Luiz Turra

Fonte: 
Edição 5.305 – Ano 104 – Caxias do Sul - RS, 25 de julho de 2012.

Publicado no Blog:
http://alexandrealana.blogspot.com.br/http://alexandrealana.blogspot.com.br/

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