“Bem-aventurados os que são perseguidos por
causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra
vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa
recompensa nos céus” (Mateus 5,11-12).
Esses
foram os últimos versículos que ouvimos no domingo passado, agora na
continuação das bem-aventuranças Jesus muda o tom do sermão nos dizendo: “Vós
sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo”, esse contexto é para os cristãos
perseguidos.
Todos os
cristãos são chamados a ser sal da terra e luz do mundo, mas principalmente os
perseguidos.
Que tipo
de perseguição sofremos hoje na Igreja? Podemos ver pela vida de São Pio de
Pietrelcina. Um frade que tinha estigmas, eram aspectos físicos de sua
santidade, mas também aspectos interiores extraordinários, como o da
perseguição, perseguição não somente dos de fora, mas dos que estavam dentro da
Igreja. Ele, marcado pelo sofrimento e zelo pelas almas, dizia: “A salvação
das almas custam sangue”. É aquilo que está no livro de Hebreus 9,22: “Não
há redenção sem derramamento de sangue”. Quantas vezes, Padre Pio foi
considerado um homem clinicamente morto, com febres de mais de 50°C, nesse
período em que se encontrava doente, ele recebeu as chagas.
Um homem
com um dom, a experiência de confessar-se com ele era extraordinária porque ele
lia a alma das pessoas, e também tinha um grande amor pela alma dos seus filhos
espirituais, quando lhes falava: “Quando o Senhor me chamar, eu direi: 'Senhor,
eu fico aqui, na porta do Paraíso. Entrarei
quando tiver visto entrar o último de meus filhos espirituais'”.
Ele
realizava esse grande prodígio: Atender confissões e celebrar Santa Missa de
forma especial. Padre Pio foi chamado a se configurar a Cristo de outras
formas, não somente no físico, por meio das chagas, mas pelas calúnias, quando
foi condenado injustamente, alguns padres e bispos tiveram inveja dele, com
tudo isso, ele nunca falou mal da Igreja.
Com ele aprendemos que cada alma deve ser salva, e que cada alma tem preço de
sangue. Ele pagou o preço da salvação de muitos, foi o único sacerdote que teve
as chagas de Nosso Senhor, todos os outros foram leigos.
A Boa
Nova desse grande santo italiano é ter se configurado a Cristo Crucificado.
Jesus sofreu e morreu na cruz por todos, mas Ele escolhe algumas pessoas para
partilhar Seu sofrimento.
“Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5,16).
“Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5,16).
Jesus nos
diz por intermédio de Padre Pio: “Vai, ama-me de volta! Seja você também
caluniado, chagado por mim! Ama-me de volta!”
Por isso, Padre Pio brilha como luz, assim também que a sua luz brilhe para o mundo no seu sofrimento. Olhe a história da Igreja que está marcada por tantos inimigos de fora, mas também de dentro. O inimigo que devemos temer não é o que está no externo, mas no interno, aquele que não quer que sejamos fiéis a Deus.
Por isso, Padre Pio brilha como luz, assim também que a sua luz brilhe para o mundo no seu sofrimento. Olhe a história da Igreja que está marcada por tantos inimigos de fora, mas também de dentro. O inimigo que devemos temer não é o que está no externo, mas no interno, aquele que não quer que sejamos fiéis a Deus.
Outro
exemplo que temos é o bem-aventurado José de Anchieta que não teve medo dos
bárbaros de fora, mas dos bárbaros dentro dele, ainda seminarista escrevia
poemas para a Virgem Maria como modo de preservar sua castidade.
Reze,
portanto, pelas conversões. Igreja Celeste são cidades iluminadas edificadas na
montanha que não podem ser escondidas, enquanto isso na terra precisamos dessa
batalha, para que nossa chama não se apague. Estamos em perigo, a Igreja
triunfante já está plenamente realizada, aqui estamos em luta, contra os
inimigos de Deus que estão fora e dentro da Igreja, e infiltrados nela, que
estão fora e dentro de nós.
Mas a
nossa luz não é nossa, é como a luz da lua que não tem luz própria, mas que
reflete a luz do Sol, assim é a Igreja. Vivemos o mistério da lua que reflete a
luz de Cristo. É a luz de Cristo que precisa brilhar!
Padre Paulo Ricardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário