Jéssica Marçal Da Redação
Dando continuidade aos seus primeiros
compromissos como Sucessor de Pedro, o Papa Francisco participou na
manhã deste sábado, 16, de um encontro com os jornalistas que fizeram a
cobertura do Conclave. O encontro aconteceu na Sala Paulo VI, no
Vaticano.
Em um primeiro momento, o presidente do
Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli,
fez uma saudação inicial ao Santo Padre.
Já em seu discurso, o Papa contou qual
foi a inspiração para a escolha de seu nome de pontificado: Francisco.
Ele explicou que o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio
Hummes, esteve ao seu lado no Conclave, principalmente quando a contagem
dos votos já havia alcançado 2/3 e os cardeais já sabiam quem seria o
novo Papa. Nesse momento, o Papa contou que Dom Cláudio o abraçou, o
beijou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”.
Em relação aos pobres, o Papa logo
pensou em São Francisco de Assis. E enquanto o escrutínio continuava,
ele disse que pensou na questão das guerras, e Francisco é um homem da
paz, então veio ao seu coração o nome Francisco de Assis.
“Para mim é o homem da pobreza, da paz,
que ama e guarda a criação. Neste momento, infelizmente, não temos uma
relação tão boa com a natureza, com a criação. Como eu gostaria de uma
Igreja pobre, como eu gostaria de uma Igreja junto aos pobres”.
Agradecimentos
Papa Francisco destacou que estava muito feliz em poder participar desse encontro no início de seu ministério e agradeceu a todos os jornalistas.
Papa Francisco destacou que estava muito feliz em poder participar desse encontro no início de seu ministério e agradeceu a todos os jornalistas.
“Agradeço o serviço que vocês prestaram
levando notícias para o mundo inteiro, vocês realmente trabalharam.
Nesses dias, todos os olhos do mundo católico, mas não só dos católicos,
se voltaram aqui para este lugar, para a Praça São Pedro. Todos se
voltaram para os ritos da Igreja católica, noticiando todos os
acontecimentos da vida da Igreja, da Santa Sé e, em particular, daquilo
que é próprio do ministério petrino”, disse.
Francisco também agradeceu a todos os
que comunicaram aquilo que é justo da vida da Igreja, que é a fé. Ele
enfatizou que a Igreja, mesmo sendo uma instituição humana e histórica,
com tudo aquilo que comporta, não tem uma natureza política, mas
essencialmente espiritual, porque ela é o povo de Deus, o santo povo de
Deus, que caminha em direção ao encontro com Jesus Cristo.
“Somente colocando nesta perspectiva é
possível dar razão aquilo que é a Igreja católica. Cristo é presente na
vida da Igreja. Entre todos os homens, Cristo escolheu o seu vigário,
que é o Sucessor de Pedro, mas Cristo é o centro, e não o Sucessor de
Pedro. Cristo é o fundamento da vida da Igreja”.
O Santo Padre também agradeceu pelo
empenho que os jornalistas tiveram, sobretudo, de terem buscado o
conhecimento da natureza da Igreja, o seu caminho no mundo. E todo esse
trabalho, segundo Papa Francisco, está em comunhão com a Igreja.
“Há uma comunhão, porque a Igreja existe
para comunicar a verdade, a bondade e a beleza. O que deveria aparecer
claramente é que somos todos chamados não a comunicar a nós mesmos, mas
essa tríade existencial que é a verdade, a bondade e a beleza”.
A benção
Ao final da audiência, o Papa expressou
seu desejo de abençoar o trabalho de todos os jornalistas e de que todos
possam conhecer Cristo e a verdade da Igreja. Ele confiou o trabalho de
todos à intercessão da Bem Aventurada Virgem Maria, estrela da nova
evangelização.
A benção foi dada de coração, e não como
de costume. O gesto do Papa foi em respeito aos presentes que poderiam
não ser católicos. “Muitos de vocês pertencem à Igreja católica, outros
não são cristãos, mas eu gostaria de dar essa benção a cada um de vocês,
respeitando a consciência de cada um, porque cada um de vocês é filho
de Deus”.
No momento dos cumprimentos com os membros do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Papa recebeu de presente um Ipad.
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