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domingo, 29 de dezembro de 2013

O DEMÔNIO EXISTE MESMO? O QUE DIZ O PAPA FRANCISCO?

 

O Papa Francisco confirma o que todos os papas e santos da Igreja já disseram: o demônio existe (11-10-2013, Gaudium Press). O Papa Francisco alertou sobre os riscos que o demônio pode trazer para nossas vidas. Baseando-se no Evangelho onde Jesus expulsa o demônio, o Papa afirmou que a presença do inimigo no mundo "é real e não uma fábula", ressaltando que o Evangelho nos mostra que "os cristãos devem sempre estar alertas contra o maligno".

Ele disse: "Alguns padres, quando leem esta passagem, ou outras, dizem que Jesus curou aquela pessoa de uma doença mental. É verdade que antigamente se podia confundir epilepsia com estar possuído pelo demônio, mas é igualmente verdade que o demônio existe! A presença do demônio está na primeira página da Bíblia e também no final, com a vitória de Deus sobre ele".

Para resistir às tentações do inimigo, o Papa aconselhou três caminhos: "não confundir a verdade", pois "Jesus luta contra o diabo; e este é o primeiro critério". O demônio é o pai da mentira, e quando mente fala daquilo que lhe é próprio”, disse Jesus (João 8,44). São João diz que “Jesus veio ao mundo para destruir a obra do demônio” (1 João 3,8). Como, então, negar que ele não existe e que não age?

O segundo caminho indicado pelo Papa seria seguir fielmente a Cristo, pois "quem não está com Jesus está contra Jesus". O terceiro é a vigilância do nosso coração: "porque o demônio é astuto e nunca é expulso para sempre". “Vigiai e orai, pois o espírito é forte mas a carne é fraca”.

Para que os cristãos não sejam "ingênuos", o Pontífice explicou a estratégia do diabo: ele diz "Você é cristão, tem Fé, vai adiante que eu não volto. Mas depois, quando você está acostumado e se sente seguro, ele volta". Francisco disse que "O Evangelho de hoje [11-10-13] começa com o demônio expulso e termina com o demônio voltando! É como um leão feroz, que nos circunda. Isto não é mentira". Ele tentou até mesmo Jesus; São Pedro disse que ele é como “um leão que ruge a nosso redor buscando a quem possa devorar” (1 Pedro 5,8)

O Papa ainda alentou: "Peçamos a Ele (Jesus) a graça de levar a sério estas coisas. Ele veio lutar por nossa salvação e venceu o demônio! Não façamos negócios com o demônio; ele tenta voltar para casa, se apoderar de nós. Não devemos relativizar, mas vigiar, sempre e com Jesus".

(reprodução do texto do professor Felipe Aquino em 29/12/2013)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

domingo, 8 de dezembro de 2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PAPA JOÃO PAULO II - ATO DE CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA

CIDADE DO VATICANO, 8 OUT 2000

Segue o texto integral do Ato de Consagração a Santíssima Virgem Maria, lido pelo papa João Paulo II e por todos os 1500 bispos presentes ao final da missa na praça de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Bispos.

1. "Mulher, eis aí o teu filho"(Jo 19,26). Enquanto nos aproximamos do final deste Ano Jubilar, em que tu, Mãe, nos ofereceu de novo a Jesus, o fruto bendito de teu puríssimo ventre, o Verbo feito carne, o Redentor do mundo, ressoa com especial doçura para nós esta palavra tua que nos conduz até a ti, ao se fazer Mãe nossa: "Mulher, eis aí o teu filho" Ao encomendar-te ao apóstolo João, e com ele os filhos da Igreja, mas ainda a todos os homens, Cristo não atenuava, mas confirmava, seu papel exclusivo como Salvador do mundo. Tu eras esplendor que não faz sombras à luz de Cristo, porque vives Nele e para Ele. Tudo em ti é "fiat". Tu és a Imaculada, és transparência e plenitude de graça. Aqui estamos, pois, teus filhos, reunidos em torno a ti às portas do novo milênio. Hoje a Igreja com a voz do Sucessor de Pedro, a que se unem tantos Pastores provenientes de todas as partes do mundo, busca amparo debaixo de tua materna proteção, e implora confiante tua intercessão diante dos desafios ocultos do futuro.

2. São muitos os que, neste ano de graça, tem vivido e estão vivendo a alegria transbordante da misericórdia que o Pai nos tem dado em Cristo. Nas Igrejas particulares espalhadas pelo mundo e, ainda mais, neste centro do cristianismo, muitas classes de pessoas tem acolhido este dom. Aqui tem vibrado o entusiasmo dos jovens, aqui tem sido elevado a súplica dos enfermos. Por aqui tem passado sacerdotes e religiosos, artistas, homens do trabalho e da ciência, crianças e adultos e todos eles têm reconhecido em teu amado Filho o Verbo de Deus, encarnado em teu seio. Faça Mãe, com tua intercessão, que os frutos deste Ano não se dissipem, e que as sementes de graças se desenvolvam até alcançar plenamente a santidade, a que todos estamos chamados.

3. Hoje queremos confiar-te o futuro que nos espera, rogando que nos acompanhes em nosso caminho. Somos homens e mulheres de uma época extraordinária, tão apaixonante como rica de contradições. A humanidade possui hoje instrumentos de potência inaudita. Pode fazer deste mundo um jardim ou reduzi-lo a um monte de escombros. Conseguiu uma extraordinária
capacidade de intervir nas fontes mesmas da vida. Pode usá-las para o bem, dentro dos limites da lei moral, ou ceder ao orgulho míope de uma ciência que não aceita limites, chegando inclusive a pisotear o respeito devido a cada ser humano. Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.

4. Por isto, Mãe, como o apóstolo João, queremos acolher-te em nossa casa (cf. Jo 19,27), para aprender de ti a ser como teu Filho. "Mulher, eis aqui o teu filho!" Estamos aqui, diante de ti, para confiar a teus cuidados maternos a nós mesmos, a Igreja e ao mundo inteiro. Roga por nós a teu querido Filho, para que nos dê com abundância o Espírito Santo, o Espírito de Verdade que é fonte de vida. Acolhe-o por nós e conosco, como na primeira comunidade de Jerusalém, reunida em torno de ti no dia de Pentecostes (cf. At 1, 14). Que o Espírito abra os corações à justiça e ao amor, guie as pessoas e as nações a uma compreensão recíproca e a um firme desejo de paz. Te encomendamos a todos os homens, começando pelos mais fracos: às crianças que ainda não viram a luz e aos que tem nascido em meio à pobreza e do sofrimento; aos jovens em busca de sentido, as pessoas que não têm trabalho e as que padecem fome e doenças. Te encomendamos as famílias destruídas, os ancião que carecem de assistência e quantos estão sós e sem esperanças.

. Ó Mãe, que conhece os sofrimentos e as esperanças da Igreja e do mundo, ajuda os teus filhos nas provas cotidianas que a vida reserva a cada um e, faça que, pelo esforço de todos, as trevas não prevaleçam sobre a luz. A ti, aurora da salvação, confiamos nosso caminho no novo Milênio, para que sob tua guia todos os homens descubram a Cristo, luz do mundo e único Salvador, que reina com o Pai e o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. 
Amém.
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Fonte: Vaticano
Santa Sé
Papa João Paulo II
Home Page: http://www.vatican.va

A PALAVRA DO PAPA FRANCISCO - EM MEMÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
 NO DIA DA MEMÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA
Igreja do Santíssimo Nome de Jesus, Roma
Quarta-feira, 31 de Julho de 2013

Nesta Eucaristia, na qual celebramos o nosso Pai Inácio de Loyola, à luz das leituras que ouvimos, gostaria de propor três pensamentos simples, orientados por três expressões: pôr Cristo e a Igreja no centro; deixar-se conquistar por Ele para servir; sentir vergonha pelos nossos limites e pecados, para sermos humildes diante dele e dos irmãos.
1. O nosso brasão, de nós jesuítas, é um monograma, o acrónimo de Iesus Hominum Salvator (IHS). Cada um de vós poderá dizer-me: sabemo-lo muito bem! Mas este brasão recorda-nos continuamente uma realidade que nunca podemos esquecer: a centralidade de Cristo para cada um de nós e para a Companhia inteira, que santo Inácio quis chamar precisamente «de Jesus», para indicar o ponto de referência. De resto, também no início dos Exercícios Espirituais ele nos põe diante de nosso Senhor Jesus Cristo, do nosso Criador e Salvador (cf. EE, 6). E isto leva-nos, a nós jesuítas, e a toda a Companhia, a sermos «descentrados», a termos à nossa frente «Cristo sempre maior», o Deus semper maior, o intimior intimo meo, que nos conduz continuamente para fora de nós mesmos, que nos leva a uma certa kenosis, a «sair do próprio amor, desejo e interesse» (EE, 189). Não é dada por certa a pergunta dirigida a nós, a todos nós: é Cristo o centro da minha vida? Ponho verdadeiramente Cristo no centro da minha vida? Porque há sempre a tentação de pensar que nós estamos no centro. E quando um jesuíta se põe a si mesmo no centro, e não Cristo, erra. Na primeira leitura, Moisés repete com insistência ao povo que ame o Senhor, que percorra os seus caminhos, «porque Ele é a tua vida» (cf. Dt 30, 16.20). Cristo é a nossa vida! À centralidade de Cristo corresponde também a centralidade da Igreja: são dois focos que não se podem separar: não posso seguir Cristo, a não ser na Igreja e com a Igreja. E também neste caso nós, jesuítas, e toda a Companhia não estamos no centro, estamos por assim dizer «deslocados», estamos ao serviço de Cristo e da Igreja, Esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica (cf. EE, 353). Devemos ser homens radicados e fundados na Igreja: assim nos quer Jesus. Não pode haver caminhos paralelos nem isolados. Sim, caminhos de investigação, caminhos criativos, sim, isto é importante: ir rumo às periferias, às numerosas periferias. Por isso a criatividade é necessária, mas sempre em comunidade, na Igreja, com esta pertença que nos infunde a coragem para ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta, e servi-la com generosidade e espírito de obediência.
2. Qual é o caminho para viver esta centralidade dupla? Olhemos para a experiência de são Paulo, que é também a experiência de santo Inácio. Na segunda leitura, que há pouco ouvimos, o apóstolo escreve: esforço-me por correr rumo à perfeição de Cristo, «porque também eu fui conquistado por Jesus Cristo» (Fl3, 12). Para Paulo isto aconteceu no caminho de Damasco, para Inácio na sua casa em Loyola, mas o ponto fundamental é comum: deixar-se conquistar por Cristo. Procuro Jesus, sirvo Jesus, porque Ele me procurou primeiro, porque fui conquistado por Ele: e este é o âmago da nossa experiência. Mas Ele é o primeiro, sempre. Em espanhol existe uma palavra que é muito gráfica e explica bem isto: Ele «antecede-nos», «El nos primerea». É sempre o primeiro. Quando nós chegamos, Ele já chegou a espera por nós. E aqui gostaria de evocar a meditação sobre o Reino, na Segunda Semana. Cristo nosso Senhor, Rei eterno, chama cada um de nós, dizendo-nos: «Quem quiser vir comigo deve trabalhar comigo para que, seguindo-me no sofrimento, me siga também na glória» (EE, 95): ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso cansaço (cf. EE, 96); dizer ao Senhor que queremos fazer tudo para o seu maior serviço e louvor, imitá-lo suportando também as injúrias, o desprezo e a pobreza (cf. EE, 98). Mas neste momento penso no nosso irmão na Síria. Deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre orientado para aquilo que está à minha frente, rumo à meta de Cristo (cf. Fl  3, 14), interrogando-se com verdade e sinceridade: que fiz por Cristo? Que faço por Cristo? Que devo fazer por Cristo? (cf. EE, 53).
3. E agora o último ponto. No Evangelho, Jesus diz-nos: «Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor a mim, salvá-la-á», «Se alguém se envergonhar de mim...» (Lc 9, 24-26). E assim por diante. A vergonha do jesuíta. O convite de Jesus é que nunca nos envergonhemos dele, mas que o sigamos sempre com dedicação total, confiando nele e confiando-se a Ele. Mas olhando para Jesus, como santo Inácio nos ensina na Primeira Semana, sobretudo contemplando Cristo Crucificado, nós experimentamos aquele sentimento tão humano e tão nobre que é a vergonha de não estarmos à altura; consideremos a sabedoria de Cristo e a nossa ignorância; a sua omnipotência e a nossa fragilidade; a sua justiça e a nossa iniquidade; a sua bondade e a nossa maldade (cf. EE, 59). Pedir a graça da vergonha; a vergonha que deriva do contínuo diálogo de misericórdia com Ele; a vergonha que nos faz corar diante de Jesus Cristo; a vergonha que nos põe em sintonia com o Coração de Cristo que se fez pecado por mim; a vergonha que põe em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na sequela diária do «meu Senhor». E isto leva-nos sempre, como indivíduos e como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude. A humildade que nos torna cada dia conscientes de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; a humildade que nos impele a dedicar-nos inteiramente não ao serviço de nós mesmos ou das nossas ideias, mas ao serviço de Cristo e da Igreja, come vasos de barro, frágeis, inadequados e insuficientes, mas nos quais há um tesouro imenso que trazemos e comunicamos o (cf.2 Cor 4, 7). Sempre gostei de pensar no ocaso do jesuíta, em quando termina a vida de um jesuíta, quando declina. E penso sempre em dois ícones deste declínio do jesuíta: um clássico, o de são Francisco Xavier, olhando para a China. A arte pintou muitas vezes este declínio, este ocaso de Xavier. Também a literatura, naquela bonita obra de Pemán. No final, sem nada, mas diante do Senhor; faz-me bem pensar nisto. O outro declínio, o outro ícone que vem à minha mente como exemplo, é o do Padre Arrupe no último diálogo no campo dos refugiados; quando nos disse — o que ele mesmo dizia — «digo isto como se fosse o meu canto do cisne: orai!». A oração, a união com Jesus. E depois de ter dito isto, apanhou o avião, chegou a Roma com um derrame cerebral, que deu início àquele declínio tão prolongado e tão exemplar. Dois declínios, dois ícones que a todos nós fará bem admirar e voltar a meditar sobre eles. E pedir a graça de que o nosso declínio seja o deles.
Prezados irmãos, dirijamo-nos a Nossa Senhora, Àquela que trouxe Cristo no seu ventre e que acompanhou os primeiros passos da Igreja, para que nos ajude a pôr sempre Cristo e a sua Igreja no centro da nossa vida e do nosso ministério; Àquela que foi a primeira e mais perfeita discípula do seu Filho, para que nos ajude a deixar-nos conquistar por Cristo para o seguir e servir em todas as situações; Àquela que respondeu com a humildade mais profunda ao anúncio do Anjo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38); para que nos faça experimentar a vergonha pela nossa insuficiência diante do tesouro que nos foi confiado, para viver a humildade perante Deus. Acompanhe o nosso caminho a intercessão paterna de santo Inácio e de todos os santos jesuítas, que continuam a ensinar-nos a fazer tudo, com humildade, ad maiorem Dei gloriam.

A PALAVRA DO PAPA FRANCISCO - VISITA PASTORAL A ASSIS

SANTA MISSA
HOMILIA DO SANTO PADRE
Praça São Francisco de Assis
Sexta-feira, 4 de Outubro de 2013
 
«Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25).
A todos, paz e bem! Com esta saudação franciscana, agradeço-vos por terdes vindo a esta Praça, cheia de história e fé. Para rezarmos juntos.
Como tantos outros peregrinos, também eu vim hoje, para bendizer o Pai por tudo o que quis revelar a um destes «pequeninos» de que nos fala o Evangelho: Francisco, filho de um comerciante rico de Assis. O encontro com Jesus levou-o a despojar-se de uma vida cómoda e despreocupada, para desposar a «Senhora Pobreza» e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta escolha, feita por São Francisco, constituía uma maneira radical de imitar a Cristo, de se revestir d’Aquele que, sendo rico, Se fez pobre para nos enriquecer por meio da sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). Em toda a vida de Francisco, o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre são dois elementos indivisivelmente unidos, as duas faces de uma mesma medalha.
De que nos dá hoje testemunho São Francisco? Que nos diz ele, não com as palavras – isso é fácil –, mas com a vida?
1. A primeira coisa que nos diz, a realidade fundamental de que nos dá testemunho é esta: ser cristão é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se d’Ele, é assimilação a Ele.
De onde começa o caminho de Francisco para Cristo? Começa do olhar de Jesus na cruz. Deixar-se olhar por Ele no momento em que dá a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência, de um modo particular, na pequena igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo, que poderei também eu venerar hoje. Naquele crucifixo, Jesus não se apresenta morto, mas vivo! O sangue escorre das feridas das mãos, dos pés e do peito, mas aquele sangue exprime vida. Jesus não tem os olhos fechados, mas abertos, bem abertos: um olhar que fala ao coração. E o Crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso; paradoxalmente fala-nos de uma morte que é vida, que gera vida, porque nos fala de amor, porque é o Amor de Deus encarnado, e o Amor não morre, antes derrota o mal e a morte. Quem se deixa olhar por Jesus crucificado fica recriado, torna-se uma «nova criatura». E daqui tudo começa: é a experiência da Graça que transforma, de sermos amados sem mérito algum, até sendo pecadores. Por isso, Francisco pode dizer como São Paulo: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6, 14).
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixar-nos olhar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor.
2. No Evangelho, ouvimos estas palavras: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 28-29).
Esta é a segunda coisa de que Francisco nos dá testemunho: quem segue a Cristo, recebe a verdadeira paz, a paz que só Ele, e não o mundo, nos pode dar. Na ideia de muitos, São Francisco aparece associado com a paz; e está certo, mas poucos vão em profundidade. Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu, e nos transmite? A paz de Cristo, que passou através do maior amor, o da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos, quando apareceu no meio deles (cf. Jo 20, 19.20).
A paz franciscana não é um sentimento piegas. Por favor, este São Francisco não existe! E também não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano! Também isto não é franciscano, mas uma ideia que alguns se formaram. A paz de São Francisco é a de Cristo, e encontra-a quem «toma sobre si» o seu «jugo», isto é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei (cf. Jo 13, 34; 15, 12). E este jugo não se pode levar com arrogância, presunção, orgulho, mas apenas se pode levar com mansidão e humildade de coração.
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a ser «instrumentos da paz», da paz que tem a sua fonte em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.
3. Francisco começa assim o Cântico das Criaturas: «Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, (...) louvado sejas (...) com todas as tuas criaturas» (FF, 1820). O amor por toda a criação, pela sua harmonia ! O Santo de Assis dá testemunho de respeito por tudo o que Deus criou e como Ele o criou, sem fazer experiências sobre a criação destruindo-a; mas ajudá-la a crescer, a ser mais bela e semelhante àquilo que Deus criou. E sobretudo São Francisco dá testemunho de respeito por tudo, dá testemunho de que o homem é chamado a salvaguardar o homem, de modo que o homem esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis; e não instrumento dos ídolos que nós criamos! A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia e de paz. Daqui, desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos todo o ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, calem-se as armas e que, por toda a parte, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união. Ouçamos o grito dos que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, em todo o Médio Oriente, no mundo inteiro.
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: alcançai-nos de Deus o dom de haver, neste nosso mundo, harmonia, paz e respeito pela criação!
Não posso, enfim, esquecer que hoje a Itália celebra São Francisco como seu Padroeiro. E formulo os melhores votos para todos os italianos, na pessoa do Chefe do Governo, aqui presente. Disso mesmo é expressão também o gesto tradicional da oferta do azeite para a lâmpada votiva, que este ano compete precisamente à Região da Úmbria. Rezemos pela Nação Italiana, para que cada um trabalhe sempre pelo bem comum, olhando mais para o que une do que para o que divide.
Faço minha a oração de São Francisco por Assis, pela Itália, pelo mundo: «Peço-Vos, pois, ó Senhor Jesus Cristo, pai das misericórdias, que Vos digneis não olhar à nossa ingratidão, mas recordai-Vos da superabundante compaixão que sempre mostrastes [por esta cidade], para que seja sempre o lugar e a morada de quantos verdadeiramente Vos conhecem e glorificam o vosso bendito e gloriosíssimo nome pelos séculos dos séculos. Amen» (Espelho de perfeição, 124: FF, 1824).

domingo, 29 de setembro de 2013

musica Amor sem Igual Banda Catolica Herança de Deus (Cabo Frio)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

THERESE- Santa Teresinha do Menino Jesus

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A HISTÓRIA DO ROSÁRIO

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A PALAVRA DE JESUS É UM SOPRO DE VIDA

22ª Semana Comum
03 SETEMBRO


Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de ti. Como Jesus, quero abalar o poder do mal deste mundo.
Primeira leitura: 1Ts 5, 1-6.9-11
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses - 1A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. 2Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. 3Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. 4Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. 5Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. 6Não durmamos, pois, como os demais. Mas vigiemos e sejamos sóbrios. 9Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo. 10Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com ele. 11Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 26
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

 O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor! .
Evangelho: Lc 4, 31-37
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, Jesus 31desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e ali ensinava-os aos sábados. 32Maravilharam-se da sua doutrina, porque ele ensinava com autoridade. 33Estava na sinagoga um homem que tinha um demônio imundo, e exclamou em alta voz: 34Deixa-nos! Que temos nós contigo, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus! 35Mas Jesus replicou severamente: Cala-te e sai deste homem. O demônio lançou-o por terra no meio de todos e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. 36Todos ficaram cheios de pavor e falavam uns com os outros: Que significa isso? Manda com poder e autoridade aos espíritos imundos, e eles saem? 37E corria a sua fama por todos os lugares da circunvizinhança. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário do Evangelho
A palavra de Jesus é um sopro de vida
No final do episódio na sinagoga de Nazaré, o narrador faz observar que os concidadãos de Jesus querem precipitá-lo morro abaixo, mas ele, “porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (vv. 29-30). Não há nada, nem mesmo a rejeição e a ameaça da morte, que possa dissuadir Jesus do seu caminho. O leitor sabe que este “caminho” é o caminho de Jesus para o Pai.
Jesus, então, desce para Cafarnaum. O seu ensinamento é acompanhado de “atos de poder” que libertam as pessoas da escravidão do mal. Admiravam-se do seu ensinamento, porque tinha autoridade. O que fazia a palavra de Jesus crível era a sua coerência interna: o que ele ensinava, as pessoas viam realizado na sua própria vida. Além disso, o ensinamento de Jesus, sua palavra, comunicava o Espírito; sua palavra era um sopro de vida.
A linguagem do evangelho acerca do mal não nos deixa induzir a erro. É preciso ultrapassar esse primeiro nível para chegar ao sentido que o autor quis transmitir com o seu texto. O mal é o que faz mal ao ser humano; é algo do ser humano que se opõe ao projeto salvífico de Deus e desfigura o ser criado à sua imagem e semelhança: “É de dentro do coração do ser humano que sai todo mal…” (Mc 7,21). O texto é uma proclamação de fé: A palavra de Jesus vence o mal. “Que palavra é essa?” (v. 36). Palavra com autoridade que comunica o Espírito do qual Jesus é revestido (cf. 3,21-22).
É esta palavra que, entrando no coração do ser humano, expulsa o mal.
Leitura Orante

 

 

 

 

 

 

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco,aqui reunidos
(pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Lc 4,31-37 -
Jesus está Cafarnaum. O povo que fica admirado com a maneira de Jesus ensinar. Ele falava com autoridade, com convicção. Lucas diz que havia um homem endemoninhado na sinagoga. O demônio pergunta porque Jesus veio destruí-lo. A simples presença de Jesus era-lhe uma ameaça. Frente a todos que estavam na sinagoga, Jesus liberta a pessoa do mal. Vale observar que a ação do mau espírito não respeita sequer a sinagoga. Ali também se faz presente. A única forma do discípulo se preservar do maligno é acolher Jesus como centro de sua vida. Que sua vida seja pautada pelo Projeto de vida do Mestre.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração? Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento? Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos, em Aparecida disseram: "A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar
com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito."(DAp 11).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.


4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo.Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SOBRE AS OFERENDAS

Ó Deus, na festa de são Gregório Magno, seja-nos proveitoso este sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do Pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O bom pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11).
 Depois da comunhão
Ó Pai, instruí pelo Cristo mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de são Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO GREGÓRIO MAGNO)
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
 

O MAIS ADMIRÁVEL DA FALA DE JESUS CRISTO, ERA ESSE SABER HARMONIZAR A AUTORIDADE DIVINA COM A MAIS INCRÍVEL SIMPLICIDADE HUMANA

VIVÊNCIA:
Hoje vemos como a atividade de ensinar foi, para Jesus, a missão central de Sua vida pública. Porém a pregação de Jesus era muito diferente da dos outros mestres e isso fazia com que as pessoas se espantassem e se admirassem. Jesus falava com
uma autoridade vinda de Si próprio, pois Ele é Deus.
Precisamente aquela autoridade no Seu falar era o que dava força a Sua linguagem. Utilizava imagens vivas e concretas; palavras e imagens que extraía da própria natureza quando não das Sagradas Escrituras. Não há dúvida de que Jesus era um bom observador, homem próximo das situações humanas: ao mesmo tempo em que O vemos ensinando, também O contemplamos perto das pessoas fazendo-lhes o bem.
O mais admirável da fala de Jesus Cristo, era esse saber harmonizar a autoridade divina com a mais incrível simplicidade humana. Autoridade e simplicidade eram possíveis em Jesus graças ao conhecimento que possuía do Pai e de Sua relação de amorosa obediência... a Ele. Esta relação com o Pai é o que explica a harmonia única entre a grandeza e a humildade.
A autoridade de Seu falar não se ajustava aos parâmetros humanos; não havia disputa, nem interesses pessoais ou desejo de sobressair. Era uma autoridade que se manifestava tanto na sublimidade da palavra ou da ação como na humildade e simplicidade. Não houve nos seus lábios nem enaltecimento pessoal, nem soberba nem gritos. Mansidão, doçura, compreensão, paz, serenidade, misericórdia, verdade, luz, justiça eram a base da autoridade de Seus ensinos.
Sabemos que existem partes em nosso coração que ainda não foram curadas e que buscam afastar-nos do caminho da santidade. Devemos pedir ao Senhor que pronuncie Sua Palavra de autoridade sobre elas para que possamos ser transformados em novas criaturas.
ORAÇÃO:
Pai, fazei-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de Vós. Amém!
A PAZ DE CRISTO!
“O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volte o seu rosto para ti e te dê a paz!” (Nm6, 24-26)
http://www.nospassosdemaria.com.br/Evangelho.html Comentário ao Evangelho
A RUÍNA DO ESPÍRITO MAU
A desarticulação dos esquemas do espírito mau fazia parte do ministério de Jesus. Vítima das forças demoníacas, o ser humano via-se privado de sua dignidade e reduzido à condição de inimigo de Deus. A libertação tornava-se uma exigência premente. Em todas as circunstâncias em que se defrontou com alguém subjugado pelo espírito mau, Jesus não se furtou em socorrê-lo.
Assim aconteceu com o homem possuído por um espírito impuro, encontrado na sinagoga de Cafarnaum.
Não deixa de ser contraditória a presença de um possesso na assembléia litúrgica sinagogal, em dia de sábado. Tem-se a impressão de que ele foi lá só para se defrontar com o "Santo de Deus". Foi é a maneira como se dirigiu a Jesus.
O demônio constatou a inexistência de pontos em comum entre ele e Jesus. Aliás, pensou que este nada teria a ver com ele. Enganou-se! Ele está na mira do "Santo de Deus" para ser arruinado e ser obrigado a pôr fim à opressão imposta aos seres humanos. Estava chegando ao fim sua liberdade de ação. Doravante, iria defrontar-se com o Messias, o qual se colocaria sempre na defesa da pessoa que estivesse fragilizada por sua ação maligna.
O Mestre agiu com severidade, servindo-se da autoridade e do poder recebidos do Pai. E o homem, livre da opressão demoníaca, pode finalmente associar-se à assembléia cultual.

Oração
Espírito que desarticula o poder do mal, liberta todos os que vivem subjugados pelas forças malignas e, assim, impedidos de reconhecer o amor de Deus, manifestado em Jesus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

UM DIA DE JEJUM E ORAÇÃO PELA PAZ NA SÍRIA

AS QUATRO ESTAÇÕES DO DEVER DE SENTAR-SE

1. Nosso dever de sentar-se é como o OUTONO que produz frutos saborosos? Ou produz frutos amargos e azedos?

2. É como o INVERNO que gela o relacionamento do casal? Ou tem a lareira do amor para aquecê-lo?

3. É como a PRIMAVERA que floresce o jardim do amor? Ou produz flores sem aroma e espinhosas?

4. É como o VERÃO que queima e seca? Ou derrete o gelo do nosso coração e aquece o nosso amor conjugal e familiar?

Dever de sentar-se - Pista 1
1. O Casal - O cônjuge em relação ao outro.

• No meu relacionamento com o cônjuge tenho sido impelido mais pelo interesse ou pela sede de gozo ou posse, do que pelo desejo de agradar-lhe?
• Nos momentos de dificuldades: (doenças, economia em pane, perturbações emocionais) tenho procurado visualizar minha responsabilidade no evento ou, pelo contrário, tenho distinguido (em 1º lugar) a eventual "culpa" do outro?
• Tenho correspondido às graças sacramentais do matrimônio, vivendo unido ao outro em estabilidade e fidelidade?
• Minha fé no cônjuge é compromissada, isto é, tenho procurado valorizar seus dons?

2. O Casal em relação aos filhos

• Até que ponto, temos nos lembrado de que nossos filhos são, também, nossos irmãos inseridos no Corpo Místico de Cristo pelo batismo?
• Temos permitido que nossos filhos "cresçam" ou temos retardado a maturidade deles, com receio de perdê-los?

• Temo-nos preocupado em testemunhar-lhes amor gratuito, para que eles percebam o verdadeiro sentido de "estar a serviço"?
• Temo-lhes falado sobre vocação (em geral) e da necessidade de se prepararem para uma opção em relação a ela?

3. O Casal em relação à sua Equipe

• Nós nos sentimos compromissados com a nossa Equipe?
• Já nos demos conta de que aquele casal com o qual "menos simpatizamos", pode ser o mais necessitado de "simpatia", para crescer?
• Em nossa reunião mensal, temos co-participado nossos empenhos apostólicos para uma ajuda mútua? O que tem sido a co-participação em nossa Equipe?
• Temos feito esforços para, através da Equipe, chegar aos familiares de nossos companheiros ou, pelo contrário, temos-nos afastado de nossos familiares por causa da Equipe?

4. O casal e a Igreja

• Temos participado de cursos de preparação para o casamento, encontros com casais, ou temo-nos limitado a falar mal dos que defendem o divórcio, o aborto e a eutanásia no Brasil?

• Como membros da Igreja, temos sido "sal", "fermento" e "luz", no que toca a uma conscientização de "paternidade responsável", ou temos-nos limitado a ficar "profundamente magoados" ao ler, nos jornais, que o entupimento do esgoto de uma "Santa Casa" foi provocado pelos fetos abortados?

• Nossa família (eclesiola) tem se vinculado à Igreja, como presença ativa ou, apenas, como "assistente da Missa Dominical"?
• Como casal cristão, estamos dispostos a uma "generosa abertura para as outras famílias, inclusive de confissões cristãs diferentes, marginalizadas ou em processo de desintegração"? Como?

• Nosso relacionamento com a hierarquia é de mera "cordialidade", ou de fraterno interesse? Estamos esperando ser convidados a "participar" ou temo-nos colocado à disposição de servir?

5. O Casal e Deus
• Em face de todas essas observações, como anda a nossa vida de oração?

Dever de sentar-se - Pista 2
PARA MEDITAR:
“A caridade é paciente, a caridade é prestativa; não é invejosa, não é orgulhosa, não é arrogante, nada faz de inconveniente; não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (ICor 13,4-7).

“AMAR
É estar atento ao outro, procurar e querer seu bem, sua felicidade; alegrar-se com sua
alegria e com o que lhe agrada, não cobrar o que nos deve, mas lembrar sempre aquilo
que nós deixamos de dar; é olhar o outro com olhos tais que suscitem nele a alegria, evoquem possibilidades insuspeitadas, comuniquem novas forças.

AMAR
É ainda partilhar, mais pelo espírito que pela palavra; é dialogar, pôr em comum o que
se pensa e também o que se espera, ou o que se teme ou se receia, não aceitar o que separa, não se resignar em guardar só para si uma desconfiança, um rancor, a mágoa de uma palavra que nos foi dita.

AMAR
É esperar juntos, querer progredir juntos, amadurecer juntos, e, às vezes, juntos sofrer,
abrindo a dois os corações aos infinitos apelos dos outros, do mundo e de Deus.

ALGUMAS PISTAS

I -Conhecimento de si e ajuda mútua

• Procuramos dar-nos a conhecer, tal como somos hoje?
• Temos dificuldades em comunicar-nos? Preferimos o silêncio ao confronto?
• Sabemos exprimir nossa ternura, nossa gratidão? De que modo?
• Quais são os pontos que oferecem dificuldades ao nosso entendimento mútuo?
Por quê?
• Quais são atualmente nossas aspirações? Ousamos confiá-las ao outro?
• Ajudamo-nos a desenvolver nossa personalidade e nossos dons, tanto humanos como espirituais? Como?
• Rezamos juntos? Rezamos um pelo outro?
• Partilhamos com o cônjuge os apelos do Senhor? As luzes recebidas na oração, na leitura do Evangelho? Ajudamo-nos a progredir no amor de Deus e dos outros? Como?
II - Vida a dois

• Por que casamos ?
• Preocupamo-nos com a felicidade do outro?
• Quais foram os momentos mais felizes de nossa vida?
• Como é nosso relacionamento? (carinhoso, efusivo, respeitoso, indiferente...)
• Nos momentos difíceis, como: doenças, problemas econômicos, crises emocionais, qual é a nossa atitude? Vivemos reclamando? Culpamos o outro? Ou procuramos amenizar as preocupações?
• Dividimos as tarefas de casa?
• Mostramos interesse pelo trabalho do outro?
• Como organizamos os lazeres? Levamos em conta os gostos do outro?
• Que fazemos para manter nosso equilíbrio físico e psíquico? Nossa saúde?
• Administramos juntos nosso tempo e nossos bens? Qual é na prática, nossa hierarquia de valores?
• Como está nosso relacionamento sexual? É pra nós uma manifestação de amor, de comunhão, de dom recíproco – ou simplesmente satisfação física, procura egoísta de prazer, cada qual para si? Sentimos alegria ou apenas cumprimos um dever? Conversamos a este respeito?
• Procuramos juntos, a harmonia sexual? Como entendemos a castidade sexual?
• Nossa vida sexual tem um sentido de fecundidade? Quais são os nossos critérios para regular a natalidade? E nossos métodos? Foram escolhidos de comum acordo? Consideramos a palavra da Igreja neste ponto? Procuramos opinião de pessoas competentes?
• Somos Capazes de ascese em nossa vida sexual, visando um amor maior? Ascese de corpo, da imaginação, da afetividade?

III - Vida com os filhos

- Assumimos conjuntamente a responsabilidade de educar nossos filhos? E como podemos nos ajudar melhor nesta tarefa?
- Qual é a atmosfera de nossa casa? (alegria, liberdade, confiança? Ou tristeza, severidade, silêncio?)
- Sabemos encorajar nossos filhos? Em nossas exigências, distinguimos o essencial do secundário?
- Dedicamos tempo a eles? Sabemos brincar com eles, escutá-los, colaborar em suas tarefas escolares?
- Permitimos que participem da vida da casa, da organização dos lazeres, das deliberações sobre nossos planos?
- São moços ou já casados, colaboramos com eles sem interferir em suas decisões?
- Que visão da vida lhes damos, tanto através de nosso comportamento como das nossas palavras (primazia do sucesso material, do dinheiro, ou primazia do amor e do dom de si mesmo?)
- Mantemos contato com seus professores e amigos?
- Proporcionamos a eles uma formação sexual? Interessamo-nos por seus namoros?
- Agimos de comum acordo com um filho difícil?

IV - Nós e os outros

- Nosso lar é aberto ou fechado aos nossos amigos, parentes, vizinhos, ...?
- Interessamo-nos pelos outros nas horas de doença, de luto, de dificuldades financeiras, de crises e outros contratempos?
- Qual é nossa atitude em relação à família, aos amigos, aos vizinhos, aos que encontramos ocasionalmente? (abertura, atenção, benevolência, acolhimento, ou indiferença, esquecimento?)
- Quais são nossos engajamentos a serviço dos outros, na Igreja, na comunidade? Foram aceitos de comum acordo? Revisamo-nos juntos de vem em quando?
- Nossa maneira de viver leva a testemunhar Cristo e o Evangelho, ou se enquadra na procura de conforto e de satisfações materiais?
Se você chegou até o fim dessa reflexão com certeza fará o dever de sentar - se,
então mãos à obra.

SOMENTE QUEM ADORA O MISTÉRIO, ACOLHENDO-O NA PRÓPRIA VIDA, DEMONSTRA TER COMPREENDIDO O QUE ESTÁ CELEBRANDO



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Liturgia: Mistério da Salvação - Parte IV

Neste quarto artigo sobre os ensinamentos de Monsenhor Guido Marini, o leitor é convidado a fazer uma reflexão sobre o real sentido da participação ativa durante a liturgia.
Os santos são os melhores exemplos de participação ativa na Liturgia da Igreja. Sendo a santidade o principal efeito de uma profunda vivência litúrgica, nada mais natural que sejam eles as primeiras referências neste assunto, que foi tratado de forma tão especial pelo Concílio Vaticano II. Santo Tomás de Aquino, por exemplo, não podia celebrar os Santos Mistérios sem derramar copiosas lágrimas diante da Eucaristia. De acordo com alguns biógrafos, o doutor angélico tinha o costume de encostar a cabeça no Tabernáculo, a fim de sentir o palpitar do Sagrado Coração de Jesus. Santo Tomás dizia que a Eucaristia era o sacramento da Paixão do Senhor e que, portanto, "tudo que é efeito da Paixão de nosso Senhor, é também efeito desse sacramento, não sendo esse outra coisa que não a aplicação em nós da Paixão do Senhor".
Outro santo a indicar a correta vivência da liturgia é São Padre Pio de Pietrelcina. Quando perguntaram a ele como um fiel deveria assistir à Santa Missa, logo respondeu: "Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício sangrento da cruz". Na Celebração, o homem é levado a reconhecer a Páscoa de Cristo - assim como o centurião a reconheceu - e a adorá-lo "em espírito e em verdade". Deste modo, explica o mestre de cerimônias pontifícias, Monsenhor Guido Marini, "não é possível participar sem adorar". Em linhas gerais, resume a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a liturgia, do Concílio Vatincano II:
"É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador (38), progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos".
Por outro lado, ao longo dos últimos anos, pôde-se perceber um enorme distanciamento de muitas comunidades da correta participação ativa, tal como pede a Igreja. Infelizmente, essa má interpretação do que quer dizer a Constituição Sacrosanctum Conciliumm introduziu uma série de abusos e falsas inculturações, ao ponto de a Santa Missa acabar se tornando mais um espetáculo de bizarrices, que o Sacrifício Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, também reduziu-se a participação dos fiéis a atividades como leitura, canto ou alguns gestos que, em muitos casos, não expressam a realidade do momento litúrgico. É verdade que, quando bem realizado, o serviço próprio de cada um durante a Celebração Eucarística é participação ativa, mas, alerta Guido Marini, "tudo isso não significaria participação verdadeiramente ativa, se não conduzisse para a adoração do mistério da salvação em Cristo Jesus, morto e ressuscitado por nós".
A Sacrosanctum Concilium age de forma contundente a favor da obediência às normas litúrgicas, "de modo que nos seminários e institutos religiosos a vida seja totalmente impregnada de espírito litúrgico" (17). Além disso, exorta os sacerdotes para que "guiem o rebanho não só com palavras mas também com o exemplo" (19). Proíbe expressamente falsas criatividades quando determina que além da Santa Sé e dos bispos em comunhão com ela, "ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica" (22). Finalmente, pede para que "não se introduza inovações, a não ser que uma utilidade autêntica e certa da Igreja o exija, e com a preocupação de que as novas formas como que surjam a partir das já existentes" (23). Perante essas prerrogativas parece óbvio o quanto certas celebrações mundo à fora estão afastadas do espírito litúrgico pedido pelo Concílio Vaticano II.
Urge, pois, redescobrir a beleza contida na autêntica celebração litúrgica dos mistérios cristãos, para que assim - e somente assim - tanto sacerdotes, quanto fiéis, possam saborear a ação salvífica de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste sentido, esclarece o Monsenhor Guido Marini, "somente quem adora o mistério, acolhendo-o na própria vida, demonstra ter compreendido o que está celebrando e, portanto, ser verdadeiramente participante da graça do ato litúrgico".
Por Equipe Christo Nihil Praeponere