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terça-feira, 2 de agosto de 2011

O FERREIRO - Série de textos auxiliares

Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecida dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais. Uma bela tarde, um amigo que o visitara e que se compadecia de sua situação difícil comentou. “É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado”.
O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes. Após uma pausa, eis o que disse o ferreiro: “Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha.
Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura.
Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente. O ferreiro deu uma longa pausa, e continuou: “Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada da minha ferraria.”
Mais uma pausa, e o ferreiro concluiu: “Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá e, às vezes, sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço.
Mas nas minhas orações a única coisa que peço é: “Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser – mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas”.

(Retirado da Carta Mensal de Março de 2011 - Colaboração de Nelson da Tere – Eq. 4 – N.S. da Esperança – Votorantim – SP) 

Um comentário:

  1. Nosso EACRE foi dos mais belos já vivido nesses doze anos de equipista.Padre Tuta nos mostrou a grandeza da fámilia e passamos dois dias em estado de Graça já que Maria nos conduzia a cada momento.Voltamos de João Pessoa carregado do Espirito Santo e extasiados com tantas bençãos.Vamos orar por nossos casais e jovens Equipistas para que tenhamos um ano Santo e abençõado. Graça e Paulo Sposito - Equipe Nossa Senhora do Rosário - setor Campina Grande,Equipe 3

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