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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

FORMAÇÃO: REGRA DE VIDA


O decreto Perfectae Caritatis, promulgado pelo Papa Paulo VI em 1965, no Sagrado Concílio Vaticano II, propõe-se a tratar da disciplina e vida de famílias e Ordens religiosas, bem como, de homens e mulheres leigos, confirmados na vocação e em plena comunhão de fé, que possuem o carisma e a função de libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo, exortando-os a adaptarem as suas vidas às exigências modernas, renovando a vida religiosa sob o impulso do Espírito Santo e a orientação da Igreja, com o princípio de que o seguimento de Cristo proposto no Evangelho é a Regra de Vida suprema de todo Instituto, Ordem ou família religiosa.
A Regra de Vida é um instituto importante desde o início da vida da Igreja ao ponto de dizer que toda Ordem ou Congregação Religiosa, forçosamente, precisa escolher uma Regra de Vida. No Ocidente, a grande Regra monástica é a de São Bento, que data do século VI e se assenta nos dois grandes pilares da vida beneditina: Ora et Labora (reza e trabalha). Mais tarde, no século XIII, quando o Papa exige de Francisco de Assis uma regra para fundar a sua Ordem Religiosa, ele diz ao Papa que o Evangelho há de ser a sua Regra, o que lhe é negado e então Francisco redige-a, apresenta-a ao Papa que a acha muito severa, mas, que acaba por promulgá-la. E São Domingos, que já vivia a Regra de Santo Agostinho resolve adotá-la para os seus frades, sendo esta a mais famosa das Regras de Ordens Religiosas, tendo como princípios fundamentais a pobreza, castidade, obediência, desapego do mundo, repartição do trabalho, dever mútuo de superiores e irmãos, caridade fraterna, oração, abstinência comum e proporcional à força do indivíduo, cuidado dos doentes, silêncio, leitura e a vida em fraternidade.
 Nota-se que Regra de Vida é uma exigência de Cristo para quem deseja libertar-se de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana, almejam a salvação e se dispõem a serem fermento na massa, sal e luz do mundo. Com igual exigência a Regra de Vida precisa estar presente na vocação laical ao estado de vida matrimonial, quando somos chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família que é chamada a constituir a Igreja doméstica.
E o Movimento das Equipes de Nossa Senhora fundado pelo Padre Henri Caffarel não poderia ficar indiferente ao esforço presente na Regra de Vida, e desde o princípio a instituiu entre os seus tesouros, denominados pontos concretos de esforço, que nos são oferecidos para crescimento da espiritualidade conjugal e auxílio na caminhada rumo à santidade. A Regra de Vida, que significa para nós um esforço, que pode ser individual ou do casal, visando a uma mudança hábitos, atitudes, gestos, palavras ou até pensamentos que estabeleçam barreiras à boa convivência na vida matrimonial, com os filhos, a família ou na vida social, assim como àqueles que sejam entraves para a nossa vida de oração, de amor e doação a Deus e ao próximo. As melhores Regras de Vida normalmente resultam do reconhecimento de nossas faltas, de atos de arrependimento e humildade, e devem sempre ser estabelecidas a partir de um sério exame de consciência, para que possamos perceber as ações ou omissões que nos afastam de Jesus Cristo e nos impedem de entrar em comunhão com o mistério que a Igreja representa.
A Regra de Vida nos induz a uma melhoria da disciplina cristã, começando por dar pequenos passos de cada vez, por exemplo, com o casal equipista assumindo o compromisso de realização de algum dos pontos concretos de esforço que lhes cause mais dificuldades. Santo Agostinho ao elaborar a sua Regra de Vida, a concluiu com essa linda oração: “Conceda o Senhor que observeis tudo isto com agrado, como amantes da beleza espiritual, exalando em vosso comportamento o bom odor de Cristo, não como servos sob o peso da lei, mas como homens livres sob a força da graça. Mas, para que possais ver-vos neste pequeno livro como num espelho e nada se deixe de cumprir, por esquecimento, leia-se uma vez por semana. E se vedes que cumpris todas as prescrições aqui apresentadas, dai graças a Deus, distribuidor de todos os bens; se, porém, algum de vós reparar haver falhado em alguma coisa, lamente o passado, precavenha-se para o futuro, rogando a Deus lhe perdoe a sua falta e não o deixe cair na tentação. Amém.”

Deborah e Rubens José 
Equipe do Enfoques 

domingo, 29 de dezembro de 2013

O DEMÔNIO EXISTE MESMO? O QUE DIZ O PAPA FRANCISCO?

 

O Papa Francisco confirma o que todos os papas e santos da Igreja já disseram: o demônio existe (11-10-2013, Gaudium Press). O Papa Francisco alertou sobre os riscos que o demônio pode trazer para nossas vidas. Baseando-se no Evangelho onde Jesus expulsa o demônio, o Papa afirmou que a presença do inimigo no mundo "é real e não uma fábula", ressaltando que o Evangelho nos mostra que "os cristãos devem sempre estar alertas contra o maligno".

Ele disse: "Alguns padres, quando leem esta passagem, ou outras, dizem que Jesus curou aquela pessoa de uma doença mental. É verdade que antigamente se podia confundir epilepsia com estar possuído pelo demônio, mas é igualmente verdade que o demônio existe! A presença do demônio está na primeira página da Bíblia e também no final, com a vitória de Deus sobre ele".

Para resistir às tentações do inimigo, o Papa aconselhou três caminhos: "não confundir a verdade", pois "Jesus luta contra o diabo; e este é o primeiro critério". O demônio é o pai da mentira, e quando mente fala daquilo que lhe é próprio”, disse Jesus (João 8,44). São João diz que “Jesus veio ao mundo para destruir a obra do demônio” (1 João 3,8). Como, então, negar que ele não existe e que não age?

O segundo caminho indicado pelo Papa seria seguir fielmente a Cristo, pois "quem não está com Jesus está contra Jesus". O terceiro é a vigilância do nosso coração: "porque o demônio é astuto e nunca é expulso para sempre". “Vigiai e orai, pois o espírito é forte mas a carne é fraca”.

Para que os cristãos não sejam "ingênuos", o Pontífice explicou a estratégia do diabo: ele diz "Você é cristão, tem Fé, vai adiante que eu não volto. Mas depois, quando você está acostumado e se sente seguro, ele volta". Francisco disse que "O Evangelho de hoje [11-10-13] começa com o demônio expulso e termina com o demônio voltando! É como um leão feroz, que nos circunda. Isto não é mentira". Ele tentou até mesmo Jesus; São Pedro disse que ele é como “um leão que ruge a nosso redor buscando a quem possa devorar” (1 Pedro 5,8)

O Papa ainda alentou: "Peçamos a Ele (Jesus) a graça de levar a sério estas coisas. Ele veio lutar por nossa salvação e venceu o demônio! Não façamos negócios com o demônio; ele tenta voltar para casa, se apoderar de nós. Não devemos relativizar, mas vigiar, sempre e com Jesus".

(reprodução do texto do professor Felipe Aquino em 29/12/2013)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

domingo, 8 de dezembro de 2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PAPA JOÃO PAULO II - ATO DE CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA

CIDADE DO VATICANO, 8 OUT 2000

Segue o texto integral do Ato de Consagração a Santíssima Virgem Maria, lido pelo papa João Paulo II e por todos os 1500 bispos presentes ao final da missa na praça de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Bispos.

1. "Mulher, eis aí o teu filho"(Jo 19,26). Enquanto nos aproximamos do final deste Ano Jubilar, em que tu, Mãe, nos ofereceu de novo a Jesus, o fruto bendito de teu puríssimo ventre, o Verbo feito carne, o Redentor do mundo, ressoa com especial doçura para nós esta palavra tua que nos conduz até a ti, ao se fazer Mãe nossa: "Mulher, eis aí o teu filho" Ao encomendar-te ao apóstolo João, e com ele os filhos da Igreja, mas ainda a todos os homens, Cristo não atenuava, mas confirmava, seu papel exclusivo como Salvador do mundo. Tu eras esplendor que não faz sombras à luz de Cristo, porque vives Nele e para Ele. Tudo em ti é "fiat". Tu és a Imaculada, és transparência e plenitude de graça. Aqui estamos, pois, teus filhos, reunidos em torno a ti às portas do novo milênio. Hoje a Igreja com a voz do Sucessor de Pedro, a que se unem tantos Pastores provenientes de todas as partes do mundo, busca amparo debaixo de tua materna proteção, e implora confiante tua intercessão diante dos desafios ocultos do futuro.

2. São muitos os que, neste ano de graça, tem vivido e estão vivendo a alegria transbordante da misericórdia que o Pai nos tem dado em Cristo. Nas Igrejas particulares espalhadas pelo mundo e, ainda mais, neste centro do cristianismo, muitas classes de pessoas tem acolhido este dom. Aqui tem vibrado o entusiasmo dos jovens, aqui tem sido elevado a súplica dos enfermos. Por aqui tem passado sacerdotes e religiosos, artistas, homens do trabalho e da ciência, crianças e adultos e todos eles têm reconhecido em teu amado Filho o Verbo de Deus, encarnado em teu seio. Faça Mãe, com tua intercessão, que os frutos deste Ano não se dissipem, e que as sementes de graças se desenvolvam até alcançar plenamente a santidade, a que todos estamos chamados.

3. Hoje queremos confiar-te o futuro que nos espera, rogando que nos acompanhes em nosso caminho. Somos homens e mulheres de uma época extraordinária, tão apaixonante como rica de contradições. A humanidade possui hoje instrumentos de potência inaudita. Pode fazer deste mundo um jardim ou reduzi-lo a um monte de escombros. Conseguiu uma extraordinária
capacidade de intervir nas fontes mesmas da vida. Pode usá-las para o bem, dentro dos limites da lei moral, ou ceder ao orgulho míope de uma ciência que não aceita limites, chegando inclusive a pisotear o respeito devido a cada ser humano. Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.

4. Por isto, Mãe, como o apóstolo João, queremos acolher-te em nossa casa (cf. Jo 19,27), para aprender de ti a ser como teu Filho. "Mulher, eis aqui o teu filho!" Estamos aqui, diante de ti, para confiar a teus cuidados maternos a nós mesmos, a Igreja e ao mundo inteiro. Roga por nós a teu querido Filho, para que nos dê com abundância o Espírito Santo, o Espírito de Verdade que é fonte de vida. Acolhe-o por nós e conosco, como na primeira comunidade de Jerusalém, reunida em torno de ti no dia de Pentecostes (cf. At 1, 14). Que o Espírito abra os corações à justiça e ao amor, guie as pessoas e as nações a uma compreensão recíproca e a um firme desejo de paz. Te encomendamos a todos os homens, começando pelos mais fracos: às crianças que ainda não viram a luz e aos que tem nascido em meio à pobreza e do sofrimento; aos jovens em busca de sentido, as pessoas que não têm trabalho e as que padecem fome e doenças. Te encomendamos as famílias destruídas, os ancião que carecem de assistência e quantos estão sós e sem esperanças.

. Ó Mãe, que conhece os sofrimentos e as esperanças da Igreja e do mundo, ajuda os teus filhos nas provas cotidianas que a vida reserva a cada um e, faça que, pelo esforço de todos, as trevas não prevaleçam sobre a luz. A ti, aurora da salvação, confiamos nosso caminho no novo Milênio, para que sob tua guia todos os homens descubram a Cristo, luz do mundo e único Salvador, que reina com o Pai e o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. 
Amém.
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Fonte: Vaticano
Santa Sé
Papa João Paulo II
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